Theresa
Crystina Vieira Sousa
Graduanda de
licenciatura em História pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA
Resumo: O texto a seguir
tratará sobre a era das revoluções, colocando em cheque a revolução francesa e
industrial, abrangendo suas significações para o tempo presente. Abordar-se-á
também, a entrada do mundo contemporâneo relacionando-o com a posição dos
operários durante seu tempo no local de trabalho como também sua posição fora
dele, bem como as estratégias utilizadas para que as camadas marginalizadas se
sobrepunham aos comandos das elites que regiam o controle urbano.
Palavras-chave: Revoluções.
Luta de classes. Industrialização.
Introdução
Estudos feitos sobre a
revolução francesa tornam-se sempre um conjunto de obras que geralmente se
contrapõe, fazendo com que a temática seja encarada como um mistério para quem
a estuda. A busca por compreender os motivos da revolução, suas
características, sua influência para a contemporaneidade e mais ainda, a
desconstrução da visão de revolução otimista sem quaisquer resquícios de
herança prejudicial a construção da sociedade, são sempre colocados em pauta.
Assim, trataremos sobre visões variadas e como adentramos ao mundo
contemporâneo através deste fato revolucionário.
Antes de mais nada é
necessário compreender o que caracteriza uma revolução, tomando por base o
diálogo entre o rei e seu mensageiro durante a tomada da Bastilha em que diz
“C’est une revolte” e o servo refaz a afirmação de seu senhor, “Non, Sire,
c’est revolution”. (ARENDT, 1988, p 38). Em que estado se encontrava a França
para que aquele momento vivido fosse batizado de revolução e não mais revolta?
Qual o nível de transformação foi necessário ser vivido?
Passa-se então a
primeiro ponto analisar o conceito de revolução e revolta, para que se
compreenda da forma mais detalhada possível o que conhecemos hoje por Revolução
Francesa. Olhando para o sentido existencial do homem, é perceptível em sua
trajetória um grande rol de revoltas, a exemplo maior toma-se o reconhecimento
de sua figura como criatura que se volta contra criador, negando-o como centro
e buscando respostas para suas dúvidas existenciais, o iluminismo, que não
apenas colabora com o ceticismo, mas passa a duvidar até mesmo de suas próprias
conclusões para estar em constante busca de novos conceitos e novas respostas a
respeito da existência humana.
A
revolta é uma filosofia de vida e uma exigência estética, que toma consciência
do absurdo e diz “não”. Já a revolução[3] - que chegou a formar uma “cultura
revolucionária”, especialmente a marxista-leninista-guevarista -, se constitui
numa ruptura necessariamente “explosiva”[4] com vistas ao projeto de
transformação radical da organização da sociedade. (LIMA; P. 1)
Para o historiador, o sentido
de revolta está também ligado ao momento em que os indivíduos percebem o
“suposto” contexto de abuso político em que vivem e tomam a consciência de que
uma mudança é necessária, o que leva a revolução; uma mente revolucionária
forma-se por parte do mesmo preceito de abusos em que vive uma sociedade, tendo
por diferença a premissa que embasa esta necessidade de mudança. Enquanto a
revolução é pensada para classes, a revolta é pensada em coletividade, a
revolta é também uma tensão presente, já a revolução após sua explosão e
conquista estabelece seus pensamentos e ideais sem questionar-se.
Revolução
Francesa e suas características
Baseados por este
conceito, entendemos que o movimento francês do século XVIII pode ser chamado
de revolução. Sua dimensão toma conta não apenas das localidades aos redores da
França, mas alastra-se pelos continentes sendo referência base de outros
movimentos como foi o caso da queda do império e início da república no Brasil.
A revolução que ocorre durante o reinado de Luís XVI é fruto de um conjunto de
obras de uma má gestão a qual inclui a desigualdade social, econômica e o
surgimento das ideias iluministas que vão contra a igreja ainda bem presente na
vida dos camponeses. As inquietações populares erguem a bandeira por Liberdade,
igualdade e fraternidade, discurso que inclui as mudanças exigidas pela
população, que também influenciaram outros movimentos, segundo Hobsbawm
Os radicais tinham
confessadamente uma solução simples: uma república democrática unitária e
centralizada da Alemanha, Itália e Hungria ou qualquer que fosse o país,
construída de acordo com os princípios da Revolução Francesa. (HOBSBAWM; P 36)
“A revolução deve ser
tratada como uma experiência política e, por isso, como a experiência de um
fracasso sobre o qual devemos meditar” (VOVELLE; P.107). Michel Vovelle e
François Furet, dois historiadores ativos em estudar a revolução francesa,
mencionam a história revisionista que consiste em olhar de forma diferenciada
para este fato. Sabe-se que uma das mudanças ocorridas está relacionada a economia
pois a agricultura de subsistência já não satisfazia a demanda de pessoas, e os
privilégios feudais entram em decadência assim como a monarquia. A tomada da
bastilha é o principal evento que caracteriza a revolução francesa, uma prisão
medieval que se tornou símbolo republicano, o que mostra agora o poder tomado
pela população.
Lançando olhares
através da visão revisionista percebe-se um questionamento sobre até que ponto
a revolução francesa traz modificações benéficas à humanidade. Ao ler Vovelle,
entende-se que provavelmente a participação constantemente ativa da população
torna-se em algum momento um problema, entretanto para o período, era e foi um
grande fator inspirador como já dito anteriormente de outros movimentos.
Comparando-a com as guerras mundiais, entende-se que existiram perdas
irreparáveis, mortes tanto do lado a favor da monarquia como dos
revolucionários. Entretanto olhando também para os dias atuais, entende-se mais
ainda a modificação na vida do ser humano como também em tudo que lhe cerca, a
exemplo de destruição, está o elemento de grande necessidade para a existência,
a natureza.
Entre
Revoluções, de Manufatura para Maquinofatura.
O pós-revolução traz
consigo as mudanças exigidas e causadoras do movimento, chegando assim a
modernidade com a era industrial ou como melhor conhecemos, revolução
industrial que consistiu na mudança tanto das fábricas como na privacidade dos
cidadãos. Apesar de não existir uma data precisa de quando se deu início a esta
era industrializante, entende-se que é como tudo um processo que desenvolveu-se
vagarosamente através de criações, reinvenções e adaptações até que de fato
tomasse grandes proporções para que fosse marcada como fato histórico.
Não apenas em setores
fabris, mas também dentro da agricultura estas máquinas foram adicionadas. As
transformações nas técnicas de produção surgiram, facilitando o trabalho braçal
do camponês. A técnica de arar a terra já não dependia exclusivamente de uma
enxada, assim também como o sistema de irrigação foi alterado tornando-se mais
eficiente. Estas primeiras mudanças ocorreram na Inglaterra, o que lhe põe como
pioneira da revolução industrial. Entretanto é necessário recordar também que o
processo foi aceito aos poucos por outros países, o que faz perceber que talvez
a industrialização tenha sido mais lenta do que se possa imaginar.
Havia falta de entusiasmo pelas
inovações, os empresários não se arriscavam, velhas peças continuavam em uso.
Na Escócia no início do século XIX era comum ver mulheres carregando carvão nas
costas pelas escadas, trinta metros ou mais, quando a máquina a vapor podia
trazer mais rápida e comodamente. (INGLÉSIAS; P. 69)
Com a revolução industrial presencia-se uma
transformação, de manufatura para maquinofatura. Dentro do cinema é possível
encontrar o clássico “Tempos modernos” de Charles Chaplin, que mostra a vida do
trabalhador, e como a transformação industrial afeta também a sua vida, seu
espaço privado e até mesmo o domínio que tinha sobre si. Sabendo que antes, em
eras feudais o trabalhador detinha seu tempo de trabalho baseado pela natureza
e as condições que esta lhe proporcionava para exercer o trabalho, agora com a
industrialização, seu tempo e força de trabalho lhes escapa, pertencendo a seu
patrão.
A invenção do relógio
lhes informa até que ponto devem trabalhar, a vigilância sobre seus passos
dentro da empresa torna-se cada vez mais constantes, o que toma qualquer
hipótese de liberdade que possa surgir. O filme aponta a rotina de trabalho
prolongada e, por conseguinte exaustiva, a princípio o trabalhador se detinha
por longas horas em um mecanismo cíclico, repetitivo. Trabalhava as vezes no
objetivo de produção cego, pois não era de seu conhecimento o que produzira.
Com a chegada mais ativa das máquinas, este mesmo trabalhador necessita
inteirar-se mais para não perder seu lugar, a era maquinofatura põe dentro das
fábricas aparelhos mais eficientes que mãos humanas, retirando aos poucos a
importância do trabalhador.
Assim como a realidade
de trabalho muda, a vida privada também sofre alterações. Com o grande
contingente que surge dentro das cidades, é notório a divisão de classes que
será cada vez mais forte. Esta divisão causará a formação da cidade com suas
divisões de espaços físicos como também desencadeará a degradação ambiental em
ritmo crescente.
No século XVII, no ano de 1600, a
população da Inglaterra passou de 4 milhões de habitantes para cerca de 6 milhões;
no século seguinte, no ano de 1700, a população já beirava os 9 milhões de
habitantes! Na Europa Continental, esse crescimento foi ainda mais rápido: na
França, por exemplo, a população passou de 17 milhões, em 1700, para 26 milhões
em 1800. O crescimento demográfico em tal escala proporcionou uma forte
expansão dos mercados consumidores para bens manufaturados, especialmente
vestuários. (GOLVÊAS; séc. XXI)
Como dito na citação
acima, o contingente populacional cresceu drasticamente, o que faz com que haja
maior divisão entre ricos e pobres, operários e patrões. A forma como as
cidades serão construídas neste momento sofrem fortíssima influencia deste
êxodo rural, a exemplo mais adequado ao momento contemporâneo tem-se o Brasil e
o que hoje se conhece como favela. A população que não é aceita entre os que
possuem poder aquisitivo, é direcionada as margens da cidade, muitos não
conseguem entrar no meio de trabalho e acabam por tornar-se a classe
marginalizada nas cidades, bêbados, prostitutas, mendigos ou assaltantes.
Já o operário que vive
restrito pela extensa carga horária de trabalho acaba sendo excluído por não se
equiparar aos grandes. Suas vestes, sua moradia, o fato de ser um operário, são
motivos para não ser aceito na classe majoritária. Assim, na França houve
diversas formas de protestos, tentativas de rupturas sociais por parte destes
operários. Preferiam gastar seus salários em ternos caros, que os fizesse
parecer de alguma forma com os que lhe excluíam. Suas casas eram seu escape dos
momentos dentro da fábrica, segundo (PERROT; 1988, P. 101) “Das moradias, eles
se servem, e muito; da cidade, pouco, pouquíssimo tempo, longe demais, não é
para eles. ”.
Os embates causados pela
industrialização e capitalização cada vez mais frequentes das cidades, acabam
pondo em crise a relação dos excluídos com a classe que se sobrepõe, levando-os
a conflitos cada vez mais presentes. Sobre a moradia, como diz a citação
anterior, estas os servem muito, mas ainda não é a moradia fixa de que se
refere Perrot. Habitar em partes que perante a sociedade não os convém, ser
andarilhos em sua própria cidade, dentro do espaço que não foi separado para os
marginais, frequentar os mesmos lugares que a elite numa forma de romper com a
cristalização da divisão social, este é o sonho ao qual Perrot se refere, os
então taxados como marginalizados querem habitar a cidade, mesmo que lhes custe
o próprio salário, tal realização é mais importante que a moradia fixa, que
afinal, entra em parênteses, já que esta não é propriamente sua.
Os aluguéis de quartos em cortiços são mais um
problema a ser enfrentado pelos operários, no século XIX a França busca moldar
a estética e põe como plano a higienização, a derrubada dos cortiços vistos
como recipientes de doenças. Médicos do XIX acreditavam na eficiência do ar
livre, como consta Perrot que o amontoamento dos corpos, o crescimento populacional,
a forma como os habitantes de cortiços mantinha sua higiene, era completamente
prejudicial à saúde.
Para controle e
implantação desse método higienista são construídos prédios ao método de
Housseman, Francês responsável pela reconstrução de Paris. Os prédios feitos
organizavam a cidade, e formavam um novo jeito para a divisão social. No lugar
das favelas, eram os prédios repartidos de forma que abrigassem tanto ricos
como pobres. A estrutura seguia um padrão, sendo o térreo direcionado
logicamente a recepção, cozinha e também a lojas. O segundo, terceiro, quarto e
quinto andares, direcionados a pessoas com maior poder aquisitivo, sendo os
mais ricos ocupantes dos primeiros andares, como não haviam elevadores, era de
extrema importância não aborrecer os hóspedes mais importantes com longas e
cansativas subidas de escadas. Vale lembrar que apesar de o modelo ser copiado
no Brasil, os resultados não foram os mesmos, pois a construção de favelas
brasileiras ainda permanecera, deixando em inércia a construção da cidade a
modelo parisiense, um grande inspirador para o Brasil do XIX.
Os
Impactos da Capitalização e Urbanização
Com a industrialização
crescente, obviamente o capitalismo se alastra com maior velocidade, o que leva
a produções em escala maior, consumo desenfreado e mais ainda, maior busca por
recursos naturais. O que causa sem dúvidas um grande esgotamento da natureza.
Apesar de atualmente (séc. XXI) existirem leis que beneficiem o meio ambiente,
quando olhamos para as mudanças sofridas em um século, percebemos que talvez
algumas medidas tenham sido em partes tardias.
Após a Segunda Guerra Mundial, a
era nuclear fez surgir temores de um novo tipo de poluição por radiação. O
movimento ambientalista ganhou novo impulso em 1962 com a publicação do livro
de Rachel Carson, “A Primavera Silenciosa”, que fez um alerta sobre o uso
agrícola de pesticidas químicos sintéticos. Cientista e escritora, Carson destacou
a necessidade de respeitar o ecossistema em que vivemos para proteger a saúde
humana e o meio ambiente. (ONU; 2018)
Não apenas nas lavouras
como citado acima, mas a degradação ambiental está presente na construção das
cidades. O desmatamento desenfreado altera as condições climáticas, a divisão
social que arrasta para as margens da cidade aqueles que não possuem condições
de habitar nos centros são também vítimas da própria ação. A construção de
casas em morros e encostas, acabam por degradar os terrenos causando os
deslizamentos que a cada ano tornam-se contínuos.
Considerações
finais
Ao longo do texto,
compreende-se que a revolução francesa foi uma inspiração a outras revoluções
que desencadearam uma leva de comportamentos diferenciados, mas que
aparentemente possuíam o mesmo propósito de acordo com cada classe, alguns
pensando a modernização, outros buscando de alguma forma se fazer aceitos e
aptos participar desta.
Certeau, fala dentro de
“A invenção do cotidiano”[1]
sobre a construção da cidade, e como o pedestre, apesar de viver em um sistema
criado para guia-lo constantemente, sempre encontra meios para dispersar-se,
busca seus próprios caminhos, faz seu próprio mapa da cidade. Assim, forma
também os que aderiram a movimentos revolucionários, buscando novas formas de
participar da política, formas diferentes e mais apropriadas para sua realidade
em ter uma participação mais ativa enquanto cidadãos. Entretanto, como se
conclui o tópico anterior, nem todas as mudanças beneficiaram a todos, pois
assim como toda revolução, como todo avanço onde há vencedores, estes também
tomam ocupação no lado contrário.
Referências
CERTEAU;
Michel de. A invenção do cotidiano.
17ª edição. RJ. Editora Vozes, 2011.
HOBSBAWM;
Eric. A era do capital -
cap.1. A primavera dos povos. 1975.
https://nacoesunidas.org acessado em 06
de novembro de 2018 às 22:15
INGLÉSIAS;
Francisco. O que foi a revolução
industrial. 1981.
LIMA; Raimundo de. Revolução ou revolta? (Um retorno a Albert Camus em seis pontos).
PAULO; Rodolfo
Fares. O desenvolvimento industrial e o Crescimento populacional como
Fatores geradores do impacto Ambiental. UNIVEM, SP. 2010
THOMPSON,
E. P. Tempo, disciplina de
trabalho e capitalismo industrial. Editora Schwarcz, São
Paulo:1998.
VOVELLE;
Michel. Combates pela revolução
francesa - A historiografia da revolução francesa nas vésperas do
bicentenário - II cap. 7. Editora EDUSC.
Olá Theresa Crystina, Agradeço em nome da organização do I Simpósio Nacional a distância de História e Historiografia a sua participação no evento, assim como sua colaboração no nosso Simpósio Temático. Me interessei bastante pela a ideia de ensaio que tu propusestes. A revisitação a temáticas através de uma revisão historiográfica é salutar para a produção de novas interpretações sobre temas, objetos entre outros.
ResponderExcluirJônatas Lincoln Rocha Franco (PPGHB-UFPI)
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirBom dia, obrigada!
ExcluirCreio que temas que se referem ao mundo contemporâneo poderiam ser mais explorados em salas de aula, e não apenas nas salas da academia. É necessário que haja escrita a respeito, sem muito rebuscamento, pois precisamos compreender como chegamos aos tempos modernos. A sociedade necessita deste entendimento, e cabe a nós este trabalho.
Theresa Crystina (UEMA-CAXIAS) 61204406316
Parabenizo o esforço de escrita do trabalho que se constituiu, em grande medida, como uma revisão bibliográfica sobre a temática. Creio que para trabalhos ou publicações futuras cabe verticalizar algumas discussões, em especial questionando a participação do iluminismo nesse processo revolucionário, no caso francês. Existe uma produção fértil, em especial na historiografia estadunidense, sobre as novas interpretações acerca da Revolução Francesa. Como indicação aponto a obra de Robert Darton intitulada: Boemia Literaria e Revoluçao o Submundo das Letras no Antigo Regime, que pode te auxiliar no processo de amadurecimento de escrita. Assim como outras leituras do mesmo autor que podem também contribuir.
ResponderExcluirJônatas Lincoln Rocha Franco (PPGHB-UFPI)
Senhor Franco, agradeço as sugestões, que com certeza serão lidas e exploradas para o crescimento desta pesquisa.
ExcluirBoa noite !
ResponderExcluirO autor Eric Hobsbawm é salutar quando retrata o que ele denomina de dupla Revolução( Francesa e Inglesa), pois ambas são indissociáveis para o contexto à época. Sendo assim, Theresa Sousa você pode mencionar uma contribuição peculiar à ambas ?
Desde já, agradeço-à antecipadamente.
Maykon Albuquerque Lacerda- UEMA/ Campus Caxias-MA
Bom dia, Maycon Albuquerque!
ExcluirSim, as revoluções inglesa e francesa são em muito parecidas. Aspectos como a crise do sistema econômico, social e político da época que não favorecia a todos acabaram por despertar não só o desejo mas, a necessidade de concretizar uma revolução. E que acabaram impactando o mundo inteiro.
Como mencionado no texto, foi um processo em que aos poucos foi ganhando força até que se concretizasse.
Sobre ambas, o modelo econômico é um dos mais evidentes, pois com a industrialização a toda força, acaba englobando o mundo e trazendo transformações que continuam a se expandir
Theresa Crystina (UEMA-Caxias) 61204406316
O mundo contemporâneo é marcado por inúmeros movimentos sociais e políticos e os dois momentos mais marcantes desse recorte temporal para nós historiadores, talvez seja a Revolução Francesa bem como a Revolução Industrial.“Olivier Dumoulin, historiador francês, afirmou que a História Contemporânea é uma história muito estranha. ” (NAPOLITANO, 2005, p.163). Os historiadores nunca entraram em consenso sobre o que é a História Contemporânea. O conceito que nos apropriamos em sala é de que a Revolução Francesa e posteriormente a Industrial foram meios “inauguradores” de uma nova historiografia. A História Contemporânea depende do olhar de cada historiador que certo modo é sempre contemporâneo porque as perguntas que fazemos ao passado irão partir do nosso presente. Por isso é muito importante nós como historiadores estar sempre revisitando temas da historiografia contemporânea e fazer essas análises com a nossa realidade. Parabéns pela pesquisa.
ResponderExcluirAtt: Antonia Stephanie Silva Moreira- UEMA (Campus Caxias)
Boa tarde! Excelente pesquisa. A era contemporânea que tem como marco inicial a Revolução Francesa e posteriormente a Revolução Industrial traz consigo não somente a modernidade mais também um longo período marcado pela as tradições que permeiam na sociedade até os dias de hoje. Conhecer o período contemporâneo é se deparar com vários olhares pois é uma história contada a partir do lugar social de cada historiador, sendo um fator importante para a construção da mesma. Oliver Dumoulin, define a historia contemporânea como“uma história muito estranha”. Esse estranhamento se apresenta por ser um período permeado de discussões e problematizações fomentados principalmente pela a própria construção cronológica da história consagrada em História Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea. Como advento da Escola dos Annales essa divisão vem sendo a cada vez menos considerada pelo os historiadores, pesquisadores e professores pois “o estudo da História Contemporânea uma vez que essa nova corrente historiográfica defendia que toda História era uma história dos homens no tempo” (NAPOLITANO, p.165. 2012). Emmanuele Vale-UEMA- Campus Caxias
ResponderExcluirÉ muito interessante como uma obra dessas, escrita por um dos gênios da história, continua tão atual e se destaca em discussões contemporâneas mesmo após a morte do escritor e historiador. Parabéns por suscitar esse debate.
ResponderExcluirCleberson Vieira de Araújo - CENID/UFERSA
Boa noite, gostaria de parabenizar a autora Theresa Crystina, por nos apresentar uma pesquisa que traz uma importante análise acerca das revoluções mais estudadas na história. Sua pesquisa nos mostrou uma perspectiva muito importante para nos fazer refletir sobre os efeitos dessas revoluções e sua influência para sucessivas revoluções na história. Vimos que as cidades, a vida cotidiana, as lutas operárias foram bastante influenciadas pelo radicalismo da Revolução Francesa, pois esta nos ensinou que é possível uma transformação das estruturas sociais. Infelizmente, os efeitos desses movimentos não são benéficos para todos, velhas estruturas permanecem, podemos falar em continuidades e descontinuidades históricas. Muitas vidas foram ceifadas num anseio por mudanças, de dentro do povo surgiram heróis anônimos ou os que conseguiram entrar para história. Parabéns pelo trabalho! Att. Isabela Thamirys Silva Amaral (UESPI)
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