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O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO COTIDIANO ESCOLAR: A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA NO ENSINO DE HISTÓRIA PARA A FORMAÇÃO DOCENTE


Isaildo de Carvalho Veloso
 Discente da Universidade Federal do Piauí – UFPI/CEAD, do Curso de Licenciatura em História. E-mail: isaildocarvalhoveloso@gmail.com

Andreia Rodrigues de Andrade
 Mestra em História. Orientadora e professora do Curso de Licenciatura em História da Universidade Federal do Piauí – UFPI/CEAD. E-mail: andreiaandrade525@gmail.com


Resumo: Este trabalho traz um levantamento sobre a prática do estágio supervisionado, um procedimento indispensável para a formação docente nos cursos de licenciaturas, em especial, no curso de Licenciatura em História, e da experiência com o cotidiano escolar, obtida por meio deste processo. A principal finalidade da prática do estágio supervisionado é tornar propício ao educando o desenvolvimento e compreensão das teorias obtidas ao longo dos cursos de graduação, proporcionando, assim, uma integração entre teoria e prática de ensino. Nos cursos de História, o estágio objetiva proporcionar uma reflexão sobre o papel do professor de História, oferecer uma coesão entre o que é aprendido durante a vida acadêmica e o que é vivenciado na prática, e principalmente, desenvolver um olhar reflexivo sobre a realidade do ensino, ora em instituições públicas ou privadas. Assim, o estágio supervisionado não se configura apenas como uma experiência de prática docente, pois se trata de um processo bem complexo, no qual o educando tem a oportunidade de refletir e pôr em prática todo o saber adquirido durante o curso de formação. Portanto, este estudo tem por objetivo refletir sobre a importância do estágio supervisionado como prática de aprendizagem para a formação de futuros professores na área de História e sobre o cotidiano escolar, considerando a experiência do estágio em uma instituição de ensino básico da rede pública. Como sustentação teórica e optando pela pesquisa bibliográfica, tomaremos como ponto de partida os estudos de Alencar (2017), Barreiro e Gebran (2006), Pimenta (1997), Molinari e Scalabrin (2013), dentre outros autores.

Palavras-chave: Estágio Supervisionado. Cotidiano Escolar. Formação Docente.



Introdução

O presente trabalho insere-se nas discussões acerca do estágio supervisionado como elemento fundamental no processo de formação de graduandos nos cursos de licenciaturas, em especial, os de licenciatura em História. Assim, o objetivo deste artigo é analisar e refletir sobre a importância do estágio no processo de formação de graduandos a partir da experiência em sala de aula proporcionada pelo Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental II, realizado no módulo V, do curso de Licenciatura em História da Universidade Federal do Piauí, do Centro de Educação Aberta e à Distância.
A prática do estágio é, sem dúvida, de fundamental importância para o desenvolvimento da prática profissional da docência, pois, é por meio desse processo que os graduandos adquirem experiência e formação profissional. No caso do curso de Licenciatura em História, o estágio é uma oportunidade para se aprender as práticas pedagógicas e metodológicas da disciplina História ao observar o professor em exercício. Nesse sentido, o processo do estágio torna-se imprescindível para os graduandos porque, além de tornar propício o domínio das teorias e práticas, ele proporciona também a experiência, promovendo assim, o desenvolvimento no campo profissional, amplificando o campo cultural, social e intelectual do futuro professor de História. Sabe-se que:

A formação do professor é um processo constituído por intencionalidades, pois se desenvolve a partir de paradigmas, os quais têm origem e implicações do ponto de vista histórico, econômico, social, político, entre outros, levando-se em consideração a relação recíproca entre educação e sociedade (ALENCAR, 2017, p. 14).

Para tanto, o estágio supervisionado apresenta vários objetivos, dentre os principais: consentir uma reflexão sobre o papel do professor de História,  propiciar uma conexão do que aprendemos ao longo de nossa vida acadêmica e o que é vivenciado na prática e, além disso, desenvolver um olhar crítico-reflexivo sobre a realidade do ensino, tanto em instituições do setor público como em instituições do setor privado.
De acordo com Oliveira e Cunha (2006), o objetivo do Estágio Supervisionado é propiciar ao aluno a oportunidade de aplicar seu conhecimento acadêmico, possibilitando o exercício de suas habilidades. Esperando que, com isso, o aluno tenha a opção de incorporar atitudes práticas e adquirir uma visão crítica de sua futura área de atuação profissional. Do mesmo modo,

[...] o estágio tem o objetivo de propor aos futuros professores (estagiários) um olhar mais crítico diante da realidade da sala de aula, deixando-os a cargo de ministrar aulas, aplicar provas, preparando-os na prática para a prática, sendo auxiliados na escola pelos professores regentes das turmas, e recebendo orientações na própria instituição com um professor titular da disciplina de Estágio (OLIVEIRA E CUNHA, 2006, p. 94).

O Estágio Supervisionado e sua importância no processo de formação de graduandos em História
Ao realizarmos uma análise do conceito de estágio, podemos considerar que se refere a um período ou tempo de prática e aprendizagem no qual uma pessoa exerce alguma atividade por tempo determinado, em instituições e empresas de caráter público ou privado.  De acordo com Molinari e Scalabrin (2013, p. 2) “O estágio é uma prática de aprendizado por meio do exercício de funções referentes à profissão que será exercida no futuro e que adiciona conhecimentos práticos aos teóricos aprendidos nos cursos”.
Assim, o estágio é uma prática de aprendizado realizada por meio de atividades relacionadas à área da futura profissão, tendo como principal característica a integração entre teoria e prática. Há várias e distintas especificidades de estágio, e dentre elas destacam-se o estágio curricular obrigatório, o estágio curricular não-obrigatório, o estágio de observação, de participação e de regência.
Enquanto o estágio curricular obrigatório é parte integrante do processo de formação nos cursos de licenciaturas em diferentes instituições de ensino, tanto do setor público como do setor privado, o estágio não-obrigatório é considerado uma atividade de caráter opcional, um complemento da carga horária dos cursos de graduação. A Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008 (Brasil, 2008), estabelece a normatização do estágio, distinguindo o obrigatório do não-obrigatório (Art. 2º). De acordo com a lei:
O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso.
§ 1º Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.
§ 2º Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória (BRASIL, 2008, p. 3).

O estágio de observação tem por finalidade proporcionar ao estagiário uma visão a respeito da relação entre professor e aluno, o papel que o professor exerce em sala de aula, a metodologia de ensino, as estratégias e os métodos para trabalhar conteúdos a fim de facilitar o processo de ensino e aprendizado, a relação entre professor e aluno, entre outros elementos. Deste modo, esta modalidade tem por objetivo proporcionar ao discente/estagiário uma compreensão da realidade da profissão, do contexto escolar, e principalmente da atuação do professor em seu ambiente de trabalho. É por meio do estágio de observação que o discente desenvolve sua formação, por meio da relação existente entre teoria e prática.
O estágio de participação tem por finalidade inserir o estagiário no acompanhamento, desenvolvimento e planejamento de atividades e conteúdos desenvolvidos em sala de aula, além dos métodos e das estratégias de ensino. Esta modalidade de estágio exige uma contribuição do estagiário no auxílio de alunos com alguma dificuldade de aprendizagem, auxiliá-los em atividades individuais ou grupais, participar de reuniões pedagógicas, contribuir com atividades extraescolares, grupos de estudo e aulas de reforço.
Já o estágio de regência tem por finalidade proporcionar, na prática, a realização de atividades desenvolvidas pelo estagiário por meio de aulas ministradas pelo mesmo. Deste modo, o estagiário fica responsável pela seleção, organização e ministração de conteúdos, planejamento e desenvolvimento de aulas, e principalmente, avaliar o desempenho dos alunos na realização de atividades.
O estágio desenvolvido com integridade possui um valor inestimável para quem pretende atuar em sala de aula, pois torna nítido ao estagiário o que espera por ele em seu cotidiano como professor, além de aproximá-lo de seu futuro ambiente de trabalho, ou seja, do cotidiano escolar. Nesse contexto, Selma Garrido Pimenta afirma que:

O estágio supervisionado torna-se imprescindível no processo de formação docente, pois oferece condições aos futuros educadores, em específico aos estudantes da graduação, uma relação próxima com o ambiente que envolve o cotidiano de um professor e, a partir desta experiência os acadêmicos começarão a se compreenderem como futuros professores, pela primeira vez encarando o desafio de conviver, falar e ouvir, com linguagens e saberes distintos do seu meio, mais acessível à criança (1997, p. 5).


Os processos de estágio supervisionado nos cursos de licenciatura, especificamente nos cursos de História, tornam-se uma oportunidade de estabelecermos o conhecimento teórico-metodológico, obtido durante o percurso, à prática. Desse modo, todo graduando em História, ao estagiar, terá a possibilidade de entrar em contato com o provável futuro ambiente de trabalho, desempenhar atividades que o estágio oferece, dominar conteúdos, métodos e técnicas do ofício do historiador-educador ou professor de história. Em suma, todo graduando em História além de dominar o conhecimento histórico, vai poder dominar também habilidades e competências para exercer o papel da docência na disciplina de História,

Colocando-o em situações problemas do cotidiano de um professor, fazendo-os compreender a flexibilidade que existe dentro dos planos de aula, as dificuldades que surgem por parte dos alunos em compreender o que está sendo abordado, assim como lidar com as relações interpessoais do cotidiano escolar (SANTOS E ALMEIDA, 2015, p. 95).

Deste modo, por meio da prática de estágio, é possível perceber o professor de História como o mediador do conhecimento no processo educativo, tendo como finalidade formar indivíduos conscientes, críticos e reflexivos. Devendo-se, para isso, levar em consideração o conhecimento adquirido pelo aluno em sua educação informal, e principalmente os Parâmetros Curriculares Nacionais – os PCN’s, enfrentando vários desafios e problemas ao longo desse processo.
Os cursos de Licenciatura em História nos habilitam a exercer a docência na Educação Básica, tanto do ensino fundamental II como do ensino médio, sendo que cada uma destas etapas exigem capacidades e metodologias diferenciadas e é por isso que o estágio se torna tão essencial para o processo de aprendizagem da profissão, pois nos permite essa percepção. Em relação à prática de ensino, ele:

[...] deve propiciar ao aluno não apenas a vivência em sala de aula, como também o contato com a dinâmica escolar em seus diferentes aspectos, garantindo e permitindo a interação teórico-prática. A partir de observações, relatórios e análise do espaço escolar e da sala de aula, esse processo ultrapassa a situação da dinâmica ensino-aprendizagem, favorecendo os espaços de reflexão e o desenvolvimento de ações coletivas e integradoras (BARREIRO E GEBRAN, 2006, p. 91).

Já Pimenta e Lima (2008) afirmam que a prática do estágio oferece várias possibilidades de ensinar e aprender a profissão docente, principalmente quando se trata de professores formadores, levando-os a revisar as concepções a respeito do ‘ensinar’ e do ‘aprender’. Por isso, o estágio torna-se um elemento importantíssimo para aprendizagem e formação do graduando, tanto pela compreensão das concepções como pela experiência adquirida no cotidiano escolar.
A prática do estágio e das atividades didático-pedagógicas no ensino de História faz-nos entender as responsabilidades e possibilidades do professor de História, que de acordo com Schmidt e Cainelli:

[..] pode ensinar o aluno a adquirir as ferramentas de trabalho necessárias; o saber- fazer, o saber- fazer- bem, lançar os germes do histórico. Ele é o responsável por ensinar o aluno a captar e a valorizar a diversidade dos pontos de vista. Ao professor cabe ensinar o aluno a levantar problemas, procurando transformar, em cada aula de História, temas em problemáticas (1997, p. 57).

Durante o estágio supervisionado são realizadas atividades de observação e participação que levam a repensar as teorias obtidas ao longo do curso e também a pensar sobre a futura atuação como docente, devido principalmente ao contato com os alunos, com o professor regente da disciplina de História e com o ambiente de ensino.
No entanto, o desenvolvimento das atividades de estágio não é tão fácil. Inserir-se em um período de aprendizagem prática e teórica, e ao mesmo tempo fazer parte do cotidiano escolar é tão desafiante quanto iniciar um período de aprendizagem teórica. É evidente que todo e qualquer graduando ao deparar-se com o período de estágio, principalmente de seu ambiente de prática e aprendizagem, onde muitas vezes haverá um choque de realidade, irá encontrar vários obstáculos e dificuldades, o que é inevitável. Com relação a isso, Cláudia Hila, afirma que:

[...] tem sido muito comum os acadêmicos chegarem com alguns impedimentos relevantes para o desenvolvimento do estágio de docência, tais como: (a) desmotivação com o curso; (b) marcação do não-desejo de serem professores; (c) baixa-estima e passividade na posição de “alunos”; (d) medo (em alguns casos) pavor no enfrentamento do estágio de docência; (e) dificuldade em correlacionar conteúdos vistos durante e curso no momento da prática docente; (f) não-vivência da transposição didática de conteúdos a serem ensinados na educação básica (2006, p. 100).

Outra dificuldade também bastante comum é a extensa carga horaria do estágio, o que exige do estagiário planejamento para conciliar o estágio com as tarefas cotidianas e, principalmente, com o trabalho. Além disso, pode haver certa dificuldade com a demanda de turmas ou escolas para a realização do estagio, especialmente quando se trata das series finais do Ensino Fundamental (6º, 7º, 8º e 9º ano).

Conclusão

Em decorrência da experiência da prática do estágio no cotidiano escolar, principalmente em sala de aula, pode-se observar que essa oportunidade proporciona uma reflexão a respeito da situação do sistema educacional brasileiro, contribuindo para retratá-la, baseando-se nas teorias adquiridas durante todo o percurso da graduação.
Enfatizamos aqui as especificidades, os objetivos, os obstáculos e principalmente a importância do desenvolvimento do estágio no cotidiano escolar e, por meio da pesquisa, podemos observar o quanto o estágio é essencial para a formação de futuros professores.
Deste modo, consideramos mais uma vez essa prática de fundamental importância para o desenvolvimento da profissão docente, pela oportunidade de se adquirir experiência e formação profissional. Além do mais, é um momento único para pôr em prática todo o conhecimento obtido durante a jornada acadêmica, momento esse “que os estagiários se veem professores, onde começam a desenvolver suas ideias e opiniões sobre a profissão, ou seja, iniciam a formação da sua identificação profissional” (MOLINARI e SCALABRIN, 2013, p. 11).
Podemos concluir ainda que este processo nos faz perceber o cotidiano da profissão a ser exercida futuramente. É o momento de se identificar ou não com o curso de História, de tomar consciência a respeito da profissão docente, do cotidiano, das dificuldades de se lecionar, e principalmente da realidade do ensino na rede pública.
Para finalizar, esperamos que os resultados dessa pesquisa possam contribuir significativamente para o desenvolvimento de outros estudos a respeito do estágio na formação de professores, tanto no ensino de História como em outras áreas de formação.


Referências

ALENCAR, Luana Maria Gomes de. O estágio supervisionado e as aprendizagens docentes na formação inicial em pedagogia. Teresina: EDUFPI, 2017. Disponível em: http://leg.ufpi.br/ppged/index/pagi a/id/8517. Acesso em: 04 Jul. 2019.

BARREIRO, Iraíde Marques de Freitas; GEBRAN, Raimunda Abou. Prática de Ensino e Estágio Supervisionado na Formação de Professores. São Paulo: Avercamp, 2006.

BRASIL. Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes. Diário Oficial da União, Brasília, 26 set. 2008. Seção 1, p. 3.

HILA, Cláudia V. D. O gênero diário como instrumento catalisador na formação inicial. Revista Travessias.  nº 2, 2006. Disponível em: http://www.unioeste.br/travessias. Acesso em: 04 Jul. 2019.

SCALABRIN, I. C.MOLINAR, A. M. C. A importância da prática do estágio supervisionado nas licenciaturas. Revista Unar, v. 7, n 1, 2013. Disponível em: http://revistaunar.com.br/cientifica/documentos/vol7_n1_2013/3_a_importancia_da_pratica_estagio.pdf. Acesso em 13 de julho de 2019.

OLIVEIRA, E.S.G.; CUNHA, V.L. O estágio Supervisionado na formação continuada docente à distância: desafios a vencer e Construção de novas subjetividades. Revista de Educación a Distancia. Ano V, n. 14, 2006. Disponível em http://www.um.es/ead/red/14/. Acesso em: 27 mar. 2019

PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade, teoria e prática? 3. ed. São Paulo: Cortez, 1997.

SANTOS, Willian Lima; ALMEIDA, Mirianne Santos de. Perspectivas e desafios da prática de estágio supervisionado no curso de Pedagogia. Revista Científica da FASETE, 2015.

SCHMIDT, M. A. ; CAINELLI, M. História local e ensino da história. In: Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004 (Pensamento e Ação no Magistério).

Comentários

  1. Boa tarde, parabéns pelo trabalho, sendo o mesmo um tema muito pertinente e necessário de ser tratado. Eu sou formada em História pela Uema de Caxias, e tive algumas dificuldades durante o estágio supervisionado e cheguei a conclusão de que a universidade tem se dedicado a formar pesquisadores, e não professores, talvez por isso a dificuldade de fazer esta relação entre teoria e prática. Na sua concepção, você acha que os centros de ensino superior estão preocupados em melhorar essa teoria, facilitando futuramente uma prática, no sentido de adicionar ao currículo mais disciplinas pedagógicas que facilitem ao educando o acesso à sala de aula. Você sentiu essa dificuldade durante o estágio supervisionado? De vê que os anos de academia te formam um pesquisador e não um professor?

    Marciele Sousa da Silva

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    1. Boa noite, Marciele Silva, obrigada pelas observações. Realmente, há uma distância considerável entre a universidade e a escola e entre a teoria e prática. Essa distância, no meu entender, depende não só das disciplinas pedagógicas, mas da postura dos professores da academia quanto à importância do ensino de História.
      Andreia Rodrigues de Andrade.

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    2. Boa noite, Marciele Silva. Primeiramente obrigado pela sua observação em relação ao estágio supervisionado. A meu ver, os centros de ensino, principalmente no ensino de História, estão realmente mais preocupados com a pesquisa, visto que exigem mais dos discentes a pesquisa de campo voltada para a metodologia do fazer historiográfico. Em relação a minha experiência com o estágio, tive sim essa dificuldade, devido principalmente ao primeiro contato com uma sala de aula na função de estagiário.

      Isaildo de Carvalho Veloso - UFPI

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  2. Boa tarde!
    Fiquei com dúvida em relação aos tipos de estágios, os não obrigatórios incluem os de observação, participação e regência? Ou são todos obrigatórios?
    Lara Kallyne de Sousa Candido-UFPI

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    1. Boa noite, Lara Kallyne. O estágio obrigatório é definido pelo curso, contrmpla, por exemplo, observação e regência. Já o estágio não-obrigatório funciona como atividade complementar às atividades do curso.
      Andreia Rodrigues de Andrade.

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    2. Olá, Lara Kallyne, boa tarde! O estágio não-obrigatório se configura em diferentes modalidades, podendo ser uma atividade de extensão dos cursos de formação ou um período de experiência em uma instituição de ensino, sendo este último com remuneração, deste modo vai exigir a prática da regência e da participação do estagiário. Espero ter esclarecido sua dúvida.

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  3. Boa noite, o estágio é parte fundamental no processo de formação do professor, sem essa etapa o indivíduo ao se formar seria inserido na profissão docente baseado apenas na teoria, o estágio possibilita uma proximidade do formando com a prática docente, permitindo o convívio com alunos e profissionais que atuam no ambiente escolar, além da experiência em sala de aula, do contato direto com o exercício da docência. Parabéns pelo ótimo texto.
    Cristiane Coelho de Sousa- UFPI

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    1. Cristiane Sousa, obrigado pelo seu ponto de vista em relação ao estágio. Este realmente nos permite a possibilidade de aproximação e contato com a futura profissão e ambiente de trabalho. Assim, no ensino de História, o estágio possibilita a prática da teoria obtida ao longo do curso, os métodos e técnicas de ensino, a didática e, principalmente, as metodologias.

      Isaildo de Carvalho Veloso - UFPI

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  4. Boa Noite! o estagio é muito importante para o discente para que ele possa se integrar com a realidade da sala de aula , e saber se como é a realidade na sala de aula .
    Tania Maria Veiga Silva.UFPA

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    1. Bom dia, Tania Silva. É verdade, no estágio o graduando percebe a realidade do ensino, as situações que o professor deve saber administrar, pois a cada momento surge um novo desafio.
      Andreia Rodrigues de Andrade.

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  5. Excelente trabalho, bem explicativo. Através da leitura do mesmo percebemos que o Estágio Supervisionado é um momento oportuno de reflexão e pratica para o licenciando, e que através de suas etapas de observação e regência o mesmo torna-se uma ferramenta essencial para a compreensão da estrutura dinâmica do ambiente escolar, bem como para o aperfeiçoamento e a atualização dos conhecimentos práticos e teóricos adquiridos no decorre do curso.

    Jessé Luiz da Silva Brito
    CEAD - UFPI

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    1. Jessé Brito, obrigado pela sua percepção a respeito do estágio. É realmente um momento único e oportuno para refletir sobre a profissão que o estagiário irá exercer e, também, para a prática das teorias. Achei bem interessante sua observação em relação à importância do estágio no ambiente escolar.

      Isaildo de Carvalho Veloso - UFPI

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. O estágio supervisionado da oportunidade do estudante refletir sobre sua atuação no ambiente de trabalho, porém existe muito desafios durante sua realização. Apesar disso, qual a contribuição dessa pesquisa na sua formação profissional ?

    Parabéns pelo trabalho.

    Jordaci Dias Lopes de Lima

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    1. Jordaci D. L. de Lima, obrigado. Essa pesquisa contribuiu bastante para o meu desenvolvimento como pesquisador e futuro educador, e consequentemente, para repensar o ensino de História no Brasil, na contemporaneidade.

      Isaildo de Carvalho Veloso - UFPI

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  8. Primeiramente parabéns pelo trabalho, o texto é muito envolvente.
    A minha pergunta é sobre o estágio obrigatória supervisionado sobre algumas situações, sou acadêmico de história, e estava fazendo o primeiro estágio supervisionado, e em uma situação o professor nos deixou a sós com os alunos em sala, ao ver de vocês quanto pesquisadores dessa área isso é benéfico para o estágiario? Se não, qual o procedimento metodológico a ser aplicado nessas situações.
    Desde já agradeço e mais uma vez parabéns pelo trabalho, um abraço?

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    1. Bom dia, Jhonnata Machado. No estágio observacional, os alunos não devem ficar sozinhos na sala, mas observar o trabalho do professor responsável pela turma, a sua metodologia de ensino.
      Andreia Rodrigues de Andrade. CEAD/UFPI.

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    2. Olá Jhonnata Machado, obrigado! Respondendo as suas perguntas, vai depender do tempo em que o estagiário irá ficar a sós com os alunos em sala de aula. A meu ver, não acho problema algum o professor se ausentar por algum instante, acho até uma oportunidade do estagiário interagir com os alunos, questionando-os sobre o que acham da disciplina História ou até mesmo do conteúdo estudado por eles, enfim, é uma oportunidade de se realizar parte da pesquisa de campo do estágio. No entanto, se o professor se ausentar por muito tempo (caso aconteça), poderá não ser tão benéfico assim, pois, por ser o estágio de observação, o estagiário não saberia reagir durante a situação, pelo fato de não estar preparado. Em relação ao procedimento, se ocorrer de o estagiário ficar a sós muito tempo com os alunos, é importante que ele continue apenas observando-os.

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  9. olá , é esclarecedor seu artigo , explica bem as diferentes modalidades de estágio, para mim é de grande valia sua partilha de experiência, pois estou no 5 semestre de História na modalidade EAD pela UNEMAT, e neste período estamos caminhando para os momentos de estágio. Os elementos apresentados permite uma reflexão sobre os objetivos dos estágio e de que este é o momento importante para nos identificarmos ou não com a docência.

    Postado por : Aline Cássia Mazutti/ Acadêmica DEAD/UNEMAT

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  10. Parabéns pelo trabalho!!! O estágio faz o acadêmico ter um contato mais intimo com o cotidiano da sala de aula. Vivi-se na academia muito a teoria e nem sempre a teoria condiz com as realidades encontradas em sala de aula, o estágio permite esse contato com essas realidades e contribui muito no processo de formação do profissional. E apesar das dificuldades encontradas pelos acadêmicos durante esse processo, creio que esta prática deveria iniciar logo nos primeiros anos da academia.

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  11. Parabéns pelo trabalho Andreia e Isaildo. Gostaria de saber de que forma o estágio supervisionado contribuiu para a vida profissional de vocês ajudando na construção de uma identidade enquanto professores e quais os maiores desafios encontrados em sala de aula ? Como vocês fizeram para superá-los?

    Att. Aline de Freitas Lemos Paranhos.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Bom dia, Aline Paranhos. O estágio foi muito importante para eu perceber como funciona o cotidiano da sala de aula, a forma de organização do trabalho docente. Eu busquei superar esses desafios, através de trabalhos desenvolvidos em sala de aula, mas a segurança em sala de aula adquirimos com a experiência mesmo, o estágio é a primeira etapa dessa jornada.
      Andreia Rodrigues de Andrade.

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  12. O estágio permite o contato com o 'chão da escola'. Na visão de vocês como ensinar História para alunos em uma sociedade cada vez mais midiatizada?
    DAVISON HUGO ROCHA ALVES

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    1. Olá Davison Alves, boa tarde. Acredito que para ensinar História nos dias atuais é preciso ter o domínio das diversas ferramentas tecnológicas - as TIC's. Para isso, é necessário que o futuro professor de História faça cursos de aperfeiçoamento que possam capacitá-lo.

      Isaildo de Carvalho Veloso - UFPI

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  13. Parabéns pela pesquisa. O estágio é um momento muito importante na formação acadêmica, muito embora presenciei muitos alunos que voltam frustrados de seus estágios, muitos decepcionados com a realidade encontrada principalmente na educação pública. Quais métodos são interessantes para a preparação desse aluno- estagiário por nós professores para despertar neles o desejo de mudar a realidade ao invés de abraçar o desânimo?

    Att
    Lailson Costa Duarte

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    1. Obrigado, Lailson Duarte pela sua pergunta. A meu ver, todo curso de licenciatura em História deveria preparar o aluno antes do período de estágio com a realização de pesquisas de campo no ambiente escolar, afim de tornar o discente ciente da realidade e evitar um choque posterior, no momento do estágio.

      Isaildo de Carvalho Veloso - UFPI

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  14. Isaildo Veloso parabéns pela pesquisa. O estágio é uma possibilidade importantíssima de adquirar conhecimentos do ambiente escolar. Uma de suas citações que indica o objetivo de nos propor um olhar crítico diante da realidade escolar. Concordo e acrescento por experiência própria o quanto este ambiente é um enorme campo de disputas de intencionalidades. Algo que me frustou por entender que a falta de trabalho em equipe da gestão escolar não ajuda para que consigamos trazer novas propostas de abordagem, visto que o ensino de história esta sempre se renovando e precisa estar numa constante. Lembro de um momento de greves ao qual passei em meio a disciplina de estágio que fiquei prejudicado no cumprimento das horas de observação e regência em sala, que foram atrapalhadas pelas disputas e dispersões políticas e lados democráticos da equipe gestora. Vi um cenário de impotência, de inoperância e de falta de autonomia para expor opiniões com direito a sofrer retaliações que me prejudicassem no estágio.
    Como reagir a esses currículos vivos e práticos a que nos deparamos, tanto para cumprimento da disciplina, quanto para atuação e resistência política enquanto sujeitos históricos, apesar de estágiario ?
    Elkiaer Abensur de Aquino

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    1. Obrigado, Elkiaer Aquino, pela observação e relato de experiência. Lamento bastante pela situação pela qual passou, pela falta de comprometimento por parte da gestão escolar e do poder público. No entanto, já pensou que poderá contribuir para a sua formação como educador e para o seu profissionalismo, pois você poderá se colocar no lugar do estagiario, caso aconteça a mesma situação quando estiver ou se estiver atuando.

      Isaildo de Carvalho Veloso - UFPI

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  15. Parabéns pelo trabalho!
    O estágio supervisionado, é muito importante para nós como futuros docentes, é uma maneira de começar a sentir a sala de aula e saber como lidar como docente. A forma mais eficaz de colocar em prática tudo que aprendemos em sala de aula.
    Laiane Ferreira Guimarães UFMA

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  16. Obrigado, Laiane Guimarães. Com certeza. É uma experiência muito importante para, em suas palavras, "sentir a sala de aula".

    Isaildo de Carvalho Veloso - UFPI

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  17. Boa noite.
    O estágio é o momento em que nós, graduandos, vamos pôr em prática o que aprendemos em teoria e muito além disso. Sem a prática do estágio não há como o licenciando em história estar preparado para tomar conta da realidade escolar. Essa prática é um dos pontos mais construtivo de todo o curso de formação para um (a) professor (a). Muito importante o que foi frisado em seu texto em relação a prática do ensino de História como elemento transformador na formação de indivíduos conscientes e críticos a sua realidade.
    Parabéns pelo trabalho!
    Thais da Silva Portela (UEMA)

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  18. Obrigado pela observação, Thais Portela. Realmente não há como estar preparado sem a prática do estágio.

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