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“AULA SEM MORDAÇA”: O COMBATE AO RACISMO E A LUTA PELA IGUALDADE DOS ALUNOS EM SALA DE AULA


Ayrton Costa da Silva
Acadêmico do Centro de Estudos Superiores de Caxias-CESC/UEMA. Bolsista PIBIC-UEMA. Membro do grupo de Estudos e documentações em história social e politica do Maranhão. E-mail: ayrtoncosta1994@gmail.com

Camila Joseane e Sousa Rios Costa
Acadêmica do Centro de Estudos Superiores de Caxias-CESC/UEMA. Curso história. E-mail. camila19k2011@hotmail.com


Resumo: O presente artigo faz parte de um projeto desenvolvido numa escola Municipal na cidade de Caxias-MA, e também, a partir de nossas experiências enquanto professores estagiários em sala de aula. Cabe ressaltar o que nos chamou atenção foram à vivência entre os alunos, principalmente, as relacionadas aos negros, as relações de racismos, preconceitos que foi algo rotineiro dentro desta realidade. Além disso, foram detectados problema como ausência de livros didáticos sobre a história da cultura afro brasileira, já que a lei 10.639/03 defende o ensino como obrigatório, como meio de erradicar os estereótipos relacionados ao tema proposto.

Palavras Chaves: Racismo; Ensino; Igualdade.


Considerações Iniciais.

O Racismo é um tema que nunca sai da moda, volta e meia nos deparamos com discursos de inferiorização contra o próximo, sejam através de noticiários televisivos, nas redes sociais e até mesmo nosso dia a dia. Embora o assunto já seja rotineiro em muitos trabalhos e até mesmo no campo acadêmico, ainda assim encontramos enormes dificuldades em erradicar essas práticas tão abusiva cometida com tanta frequência, e principalmente, no meio escolar. O projeto de combate ao racismo e a luta pela igualdade dos alunos em sala de aula, faz parte de nossas observações diárias numa Escola Municipal do ensino fundamental na cidade de Caxias-MA. Tendo como intuito o objetivo de amenizar, conscientizar e principalmente fomentar nos educandos o respeito ao próximo em sala de aula.
 Já de imediato, deixamos nítido que a escola já trabalha com o tema em datas comemorativas, como o dia da Consciência Negra, ainda é muito latente o racismo entre os alunos. Mas o que leva esse sentimento tão nitidamente apresentado pelos alunos? Nesta análise percebemos as enormes dificuldades dos próprios alunos negros em não se identificar enquanto negro talvez isso se explique pelo preconceito, ou motivos de chacotas dos colegas. Logo, o nosso objetivo é conscientizar e tentarmos fazer o esforço para erradicar e não compactuar, também, com discurso de inferioridade dos nossos alunos. 
Dentro dessa relação, também será ressaltada as questões da ausência do livro didático sobre a cultura afro brasileira, já que “o livro didático ainda é, nos dias atuais, um dos materiais pedagógicos mais utilizados pelos professores, principalmente nas escolas públicas” (SILVA,2005, p.22). Salientamos que existe o livro didático, mas de maneira mais geral, valorizando mais a cultura do homem branco, e quando se refere ao afro brasileiro existe a ausência do conteúdo, ou é tratado de maneira superficial. Diante desta realidade foram abordados alguns temas pertinentes sobre o assunto como os conceitos de racismo, classe, leis, movimentos negros e conquista.
Portanto, “aula sem mordaça” é um pequeno projeto de luta contra os preconceitos instalados em nossas salas de aula, um cotidiano presente na vida dos professores. Assim, tentamos proporcionar para os alunos a conscientização, sendo esta, uma das maneiras de impedir o avanço destes atos em sala de aula, que por vez acabam que estimulando os alunos a não ir pra escola, por medo dos discursos de inferioridade. Sabemos e temos a plena consciência que o papel da escola está acima de passar conteúdo, mas sim preparar indivíduos para que vivam numa sociedade harmoniosa e sejam conscientes de seus direitos e deveres como cidadão.
A problemática suscitada nesse projeto está baseada na necessidade e importância de se trabalhar está temática com os diversos sujeitos que compõe a realidade do ensino fundamental. O racismo em termos gerais não se refere apenas ao grupo étnico dos negros, mas também a outras etnias. Porém este projeto tem como enfoque entender a partir do contexto histórico brasileiro, como o racismo se manifesta na vida dos sujeitos negros e de todos na sociedade, como o mesmo opera e contribui para a desigualdade no contexto social. A realidade da desvalorização do negro, parte, principalmente, da questão racial, que advém de um panorama histórico não tão distante. A chegada dos colonizadores em terras que posteriormente foram denominadas de Brasil foi o ponto de partida para uma sociedade em que a cor da pele era o marcador social das condições e diferenciações entre os sujeitos que compunham a sociedade colonial.
Com base nesses dados, o projeto partiu da necessidade de fortalecer o combate ao racismo em sala de aula. Uma vez que, os conteúdos que retratam os negros seguindo uma historiografia tradicional estavam presentes dentro desse processo. E o racismo na escola conforme os “parâmetros, os alunos são levados a compreender a cidadania enquanto participação social e política; a posicionar-se de modo crítico e construtivo; a conhecer características sociais, materiais e culturais do país” (MUNANGA, 2005, p. 10). Portanto. O projeto “aula sem mordaça” faz parte desse processo educacional visando contribuir para coibir os preconceitos.

A ausência do livro Didático e a proliferação de estereótipos.

Em meio a uma historiografia tradicional, “o Livro didático, de um modo geral, omite ou apresenta de uma na simplificada e falsificada o cotidiano, as experiências e o processo histórico cultural” (SILVA, 2005, p.23) uma vez que, o próprio livro de didático ainda é, por vezes, o único recurso, não dizendo que o docente não pode renovar, mas é o único mecanismo de acesso dos alunos ao conteúdo. Nessa análise, os educandos da escola não tinham acesso à internet, embora vivemos numa era digital.  Ausência destes tipos de assunto em sala de aula acarreta em desconhecimento e a práticas abusivas de estereótipos.
 Mas prosseguindo com estás análise, a história tradicional menciona que próprio ato de transportar muitos homens negros da África para realizar os trabalhos em terras brasileiras, já explicitava essa ideia de superioridade e as condições que eram transportados demonstrava o desprezo e a desvalorização da vida humana, pois eram transportados como animais. Esses negros ao chegarem no Brasil, logo, eram feitos escravos. A desvalorização e os maus tratos se intensificavam pelo, que se sabe, a legitimidade de leis era redigida por uma elite colonial. Partindo dessa ideia de legitimação e dominação o negro sempre foi visto como inferior no sistema colonial, sobre isso a historiadora Maria Luiza Carneiro aponta que:

 “Com relação aos negros [...]. Tratando-os como seres inferiores,
verdadeiros animais ou objetos, o grupo dominante encontrou um pretexto para explorá-los como mão-de-obra escrava. Eram ridicularizados por seu aspecto físico ou por seus costumes e, sob pretexto de que possuem sangue impuro, estavam proibidos de exercer cargos públicos, militares e religiosos” (1999, p.10)
Fica subtendido assim, que o período colonial foi o principal ponto de partida para esta prática degradante, Maria Carneiro ainda afirma que: “Herdamos do período colonial um mundo repleto de preconceitos apesar do intenso processo de miscigenação”. (p.10). Os movimentos imigratórios no Brasil acarretaram em inúmeras e múltiplas heranças de expressões culturais por todo o Brasil. Assim, diante dessa realidade com o tempo foram surgindo estereótipos fomentados pelo discurso dominador.

O discurso de desigualdade em sala de aula.

 Diante desta análise, discursos presenciados como “Boca de lata”, “pretinho”, não é fácil para um negro se posicionar diante de uma sala genuinamente branca, pessoas de pele clara. Mais o curioso nesta análise de observação foi que na mesma sala de aula, os próprios colegas de classe que também eram negros criticavam o outro, através da cor da pele, além de outros termos que mencionei anteriormente.  Diante desta realidade trabalhamos com alguns conceitos chaves para entendimento da realidade que cercam a vida dos educandos. Que foi o termo classe, para que os jovens pudessem se conscientizar sobre si mesmo.

“[...] o termo “classe”, utilizado dessa maneira, passa a significar, ao mesmo o tempo, condição social, grupo status atribuído, grupo de interesse e forma de identidade social (...) “classe” não é concebido como podendo referir-se a uma certa identidade social ou a um grupo relativamente estável, cujas fronteiras sejam marcadas por forma diversas de discriminação, baseadas e atribuídos como a cor[...]” (GUIMARÃES, 2012, p.47).

O termo classe é um mecanismo de desigualdade social, o seu lugar de fala também diz muito sobre a pessoa, o indivíduo e o meio a qual este inserido. Apresentamos também outro tema que chega a gerar dúvidas e polêmicas que são os sistemas de cotas, na qual o negro para adentrar na Universidade precisa ser submetido. São vistos como inferiores, que quando for competir no mercado de trabalho, a cor o impede de concorrer a uma vaga? Tendo como estas realidades mencionadas acima, foram discutidas com a sala. É interessante mostrar aos educandos os mecanismos de que a própria sociedade utiliza, para legitimar a desigualdade.

“Contudo, estereótipos e preconceitos raciais continuariam atuantes na sociedade brasileira durante todo o período, intervindo no processo de competição social e de acesso ás oportunidades, assim como influenciados no processo de mobilidade Inter geracional, restringindo o lugar social dos negros” (JACCOUD, 2008, p.52).

Outro tema pertinente foi a luta dos movimentos negros que garantiram direitos em prol da população negra e que são muito conhecidos atualmente, como na área da educação, estes temas são visto em sala de aula, uma vez que, nos parâmetros curriculares com a lei 10.639/2003 legalizada pelo governo Lula, a aplicação do ensino em História da cultura afro-brasileira nos currículos escolares, desde que, adote um padrão de respeito e valorização desta identidade cultural, mas olhando com receio, à práticas de diálogo sobre o tema, ainda precisa atingir um grupo maior de pessoas. A partir dessa ideia, surgem várias discussões que envolvem o negro, e os acontecimentos que está a sua volta.
As conquistas foram várias ao longo do tempo, isso com muita luta. Datas hoje muito presente em nossos calendários foram conquistados pelos movimentos negros, por exemplo, o 13 de maio: libertação dos escravos e 20 de novembro: consciência negra, mas também marcado pelo símbolo de luta. O mais relevante foi o ensino obrigatório da cultura afro brasileira nas escolas. Segundo nossa constituição, artigos 26-A: “Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficinas e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e cultura afro-brasileira.” (BRASIL, 2003). Em defesa e combate ao racismo e qualquer outra manifestação de desigualdade em sala de aula.
Na parte final do Projeto, foi desenvolvido uma atividade designada como “A cruzada contra o Racismo” aonde os educando tiveram que elaborar frases com perguntas e respostas, nessa atividade o intuito foi analisar como os alunos assimilaram o conteúdo que foi explanado, o que aprenderam, as curiosidades e além de uma mensagem de reflexão contra o racismo. Chegamos a conclusão que o projeto foi um êxito, embora as dificuldades existissem. Portanto, o combate ao racismo é uma luta diária, e que deve ser erradicado dentro do processo de ensino aprendizagem. Nessa pequena jornada em sala de aula, ao detectamos as problemáticas, acompanhamos de perto os discursos que estão ao redor, como às políticas educacionais são falhas, mas de maneira alguma não devemos fechar os olhos para com esse tema, uma vez que somente assim poderemos viver numa sociedade mais justa e com direitos iguais.

Referências
MUNANGA, Kabengele. (org.). Superando o racismo na escola. 2º ed. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Brasília, 2005.

SILVA, Ana Célia da. A desconstrução da discriminação no livro didático. In: MUNANGA, Kabengele (org.). Superando o Racismo na Escola. 2º Ed. secretaria de educação. Brasília, 2005.

CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. O racismo na História do Brasil: mito e realidade. São Paulo, 1999.

BRASIL, Constituição. 2003.

GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Classes, Raças e Democracia. Ed. 34. São Paulo. 2012.

JACCOUD, Luciana. Racismo e republica: o debate sobre o branqueamento e a discriminação racial no Brasil. In: THEODORO, Mario, (org.). As políticas públicas e a desigualdade racial no Brasil 120 anos após a abolição. IPEA, Brasília, 2008.

Comentários

  1. Oi em primeiro lugar parabenizar-lo pela temática abordada ,sendo um tema relevante em uma sociedade cuja origens são as mais diversas . Fazendo-se necessário um trabalho voltado para a valorização das educação das relações étnicos raciais .
    Segundo Candau e Moreira (2008,p.82) E é no campo da liberdade que a questão étnica-racial deve ser pensada ,Ser negro ,reconhecer-se negro e ser reconhecido como tal , na perspectiva ética nunca deveria ser motivo de vergonha ,negação e racismo ,mas de reconhecimento ,respeito e valorização. Na verdade é um processo de luta e resistência que continua no mundo contemporâneo.

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    1. Olá, Brigida, boa tarde!
      Obrigado pelo comentário, o reconhecimento do negro enquanto negro é o primeiro passo para que possamos coibir os esteriótipos criados ao longo do tempo. Sabemos que não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível, uma vez que, nos últimos anos temos assistido a lutas de movimento negro que luta em prol de seu direitos, uma prática e uma conquista adquirida com persistência e coragem.

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    2. Ayrton Costa da Silva. Autor do comentário acima.

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  2. Gostaria de parabenizar os autores pelo artigo, demostrando que ainda há um longo caminho a percorrer para que a cultura afro-brasileira seja, realmente trabalhada na sala de aula. Este trabalho demostra que apesar das várias conquistas contra o racismo, o tema não é muito explorado em sala de aula. Minha pergunta aos autores é: ao desenvolver esse projeto em sala de aula qual foi a metodologia didática utilizada (como exemplo: uma palestra, filme, debate, etc.). Desde já agradeço a atenção!
    Nildo Doval Moutim

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    1. Olá Nildo Doval, boa noite!
      Agradeço pelo comentário, a metodologia utilizada foi uma palestra, com o objetivo de promover uma reflexão sobre o tema, além de fortalecer algum conceito chaves como por exemplo: as identidades afro.

      Ayrton Costa da Silva

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  3. Ana Carolina Cardoso Dias31 de julho de 2019 às 18:06

    Boa noite!
    Embora considerando a incomensurável importância dos povos africanos para a formação cultural e econômica (Setor Primário) do Brasil ,percebe-se o pouco enfoque dado a estes nos livros didáticos de inúmeros estabelecimentos formativos do país.
    Os livros didáticos, geralmente abordam conteúdos numa perspectiva eurocêntrica dos fatos. Com isso ,faz-se extremamente necessário ações com vias a fazer esse resgate histórico repassando aos discentes dos estabelecimentos escolares, objetivando uma formação olistica dos fatos progressos que construíram a nação brasileira, promovendo real formação, inclusão e inibindo atos de cunho discriminatório.

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  4. Ayrton e Camila, quero parabenizá-los pela abordagem da temática com as crianças, fase essa que necessita de muita sensibilidade. Um erro recorrente na aplicação da lei 10,639, é que esta passa a ser implementada em alguns momentos apenas, não criando um espaço continuo de debate, o que por sua vez acarreta em uma visão exótica da história e cultura afrobrasileira e africana. Quando isso acontece, o processo de valorização da identidade negra se torna ainda mais complicado, pois ninguém quer ter sua historia relacionada apenas a situações de discriminação, por isso a necessidade de negação da identidade negra por grande parte da população.
    Sônia Oracilio Duarte (Unioeste)

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    1. Boa noite!
      Obrigado pelo comentário. Ainda temos um longo caminho para coibir os esteriótipos sobre as identidades da cultura afro. Com a aprovação da lei 10.639, as dificuldade em erradicar os discursos negativos, que envolvem aqueles que não respeita o outro no contexto escolar, ainda é uma tarefa árdua para os professores.

      Ayrton Costa da Silva.

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  5. Ana Carolina Cardoso Dias31 de julho de 2019 às 18:17

    Boa noite!
    Embora considerando a incomensurável importância dos povos africanos para a formação cultural e econômica ( Setor Primário ) do Brasil, percebe-se o pouco enfoque dado a estes nos livros didáticos de inúmeros estabelecimentos formativos do país.
    Os livros didáticos, geralmente abordam conteúdos numa perspectiva eurocêntrica dos fatos. Com isso, faz-se necessário ações com vias a fazer esse resgate histórico repassando aos discentes dos estabelecimentos escolares, objetivando uma formação olistica dos fatos pregressos que construíram à nação brasileira, promovendo real formação, inclusão e inibindo atos de cunho descriminatórios.

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    1. Olá Ana Carolina, boa tarde!
      Obrigado pelo comentário. O livro didático é um instrumentos fundamental em sala de aula, embora vivemos numa era digital, o acesso não é pra todos. Assim, no ambiente escolar existe esses obstáculos, sendo que muito alunos da educação básica tem somente o livro para lida com o tema, é nitido, quando é abordado sobre as questões dos estudos da Africa.

      Ayrton Costa da Silva.

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  6. Parabéns pelo texto, jovens. A discussão proposta é muito salutar. E a sua aplicação em sala de aula se configura hoje como uma necessidade, infelizmente. Gostaria de saber sobre indicações de recursos (livros, documentários, filmes, ou músicas) para suplementar as lacunas que o livro didático apresenta referente a esse tema.

    Comentado por: Raimundo Nonato Santos de Sousa / CESC-UEMA.

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    1. Boa tarde Raimundo!
      Foi utilizado um documentário, depoimento de pessoas que já sofreram racismo. Com o intuito de fortalecer o combate das desigualdade em sala de aula. Espero ter respondido sua indagação.

      Att: Ayrton Costa da Silva.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Parabéns pela abordagem.
    É sempre muito importante debater esse tema na sala de aulas pois criou-se no Brasil a falsa ideia de que não existe racismo, ainda que o multipliquemos em nosso cotidiano.
    Esclarecer para combater o racismo e todo tipo de preconceito desse ser um trabalho diários para todos nós.

    Cleberson Vieira de Araújo - CENID/UFERSA

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    1. Boa Noite, obrigada pelo comentário!
      Pois bem, na sociedade brasileira há a falsa ideia de uma democracia racial, portanto diz-se não existir o racismo. Trabalhar esta temática em sala de aula é um grande desafio, pois a maioria dos jovens não possuem reconhecimento da sua identidade, que é um elemento necessário para o combate ao preconceito.

      Att: Camila Joseane e Sousa Rios Costa

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  9. Boa noite!
    Parabéns pelo projeto. É evidente observarmos um obstáculo no conflito contra o racismo que ao apresentar um projeto que visa combate-lo é antes ter que resolver outro, o de identidade, como foi citado no texto de vocês. Infelizmente muitas crianças e adolescentes tem dificuldade de reconhecerem e valorizarem a sua cor e sua identidade. Esse reconhecimento é um passo fundamental no combate ao racismo latente no Brasil. Por isso, achei muito interessante a realização do projeto de vocês, muito necessário.
    Thais da Silva Portela (UEMA)

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    1. Boa Noite, Thais, obrigada pelo seu comentário!
      Sua observação é bastante pertinente, pois antes de se trabalhar o preconceito ou discriminação em sala de aula, há a necessidade de falar em "identidade" para que os jovens possam reconhecê-la e buscar combater o preconceito seja ele relacionado a cor, etnia, religião e etc.

      Att: Camíla Joseane e Sousa Rios Costa

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  10. Parabéns pelo trabalho Ayrton e Camila. Gostaria de saber como os alunos encheram a temática do racismos antes e depois de serem trabalhados, tendo em vista que alguns deles perceberam a forma como o cotidiano deles estava ligado com o tema discutido ?

    Att. Aline de Freitas Lemos Paranhos.

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    1. Olá Aline, boa noite!
      Pra alguns alunos, o tema foi algo novo. Outros já tinham contato com outros projetos que abordavam sobre o tema. Como por exemplo: as questões da leis contra o racismo, despertou curiosidades por parte dos educandos, além de perceberem aproximação com a realidade. Espero ter respondido sua indagação.

      Ayrton Costa da Silva.

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  11. Francisco Lucas Gonçalves dos Reis2 de agosto de 2019 às 07:27

    Muito bom o artigo. Confesso que o título me chamou muito atenção e me trouxe á leitura.
    É disso que as escolas precisam, projetos como este de aula sem mordaça, trabalhando conteúdos da cultura afro-brasileira que não estão presentes nos livros didáticos em geral, e quando aparecem, surgem em poucas páginas insuficientes para se trabalhar tudo.
    E ainda os debates sobre racismo, levando a discussão para os alunos como forma de diminuir os preconceitos, pois é importante observar que um aluno que sofre discriminação dentro da sala de aula ou outros espaços da escola acaba por ter sua aprendizagem prejudicada, estará desta forma sofrendo buling e ao mesmo tempo discriminação. Portanto, este como tantos outros projetos são mais que necessários nas escolas, não somente nas datas isoladas, mas durante todo o ano.
    FRANCISCO LUCAS GONÇALVES DOS REIS.
    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO.

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    1. Olá Francisco, Boa noite e obrigada pelo comentário!

      Trabalhar temas a cerca da História e cultura afro-brasileira ainda é um desafio por conta dos preconceitos existentes na sociedade, mas é necessário debater este assunto principalmente em sala de aula. Este projeto foi realizado justamente a partir de algumas observações realizadas por nós em sala de aula, como discursos preconceituosos por parte dos alunos nas expressões "boca de lata" e "pretinho" que consequentemente acaba interferindo no ambiente escolar para o aluno e na sua forma de aprendizagem. Como foi mencionado por você, este conteúdo que é extremamente importante e não está presente nos livros didáticos, a história africana e afro-brasileira ainda aparece em poucas páginas e é quase sempre vista pelo ponto de vista europeu, mesmo com a existência da lei 10.639/03.

      Att: Camíla Joseane e Sousa Rios Costa.

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    2. Olá Francisco!
      Venho só reforça o que a Camila, proferiu com suas palavras, com a aprovavação da lei 10.639/03. Os desafios em erradicar os discursos de desigualdade são constantes no processo escolar. Logo o presente projeto foi de encontro com essa necessidade de combate o racismo em sala de aula, com o intuto de promove igualdade dos mesmos, e afirmar que no ensino aprendizagem todos iguais, independemente da cor, condição social, somos iguais para aprender e respeita o outro.

      Ayrton Costa da Silva.

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  12. Muito interessante e oportuna a discussão sobre o racismo. Que ações vocês acreditam que podemos desenvolver para construir uma sociedade anti-racista no Brasil de 2019?
    DAVISON HUGO ROCHA ALVES

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    1. Boa noite Davison!
      Para construir uma sociedade anti-racista no Brasil em que vivemos ainda falta muito, é um trabalho árduo, mas necessário, que só pode ser possível a partir de muitas discussões sobre o tema.

      Att: Camíla Joseane e Sousa Rios Costa.

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  13. Parabéns pelo trabalho. Assunto de suma importância. É um tema que precisa ser mais discutido na escola. Precisa ser trabalhado desde o ensino primário com a valorização do negro, sobretudo amor e respeito. Para que assim seja descontruido o racismo na nossa sociedade.

    Ana Leticia Araújo Goes CESC-UEMA

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    1. Olá Letícia, obrigada pelo comentário!

      Discutir sobre esse assunto ainda é um desafio para nós professores em sala de aula. Nos entanto, é necessário debater sobre a história e cultura africana e afro-brasileira, para que assim seja desconstruído os estereótipos e discursos negativos, criando uma sociedade harmoniosa com as diversidades.

      Att: Camíla Joseane e Sousa Rios Costa

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  14. Olá Ayrton Silva e Camila Costa, boa tarde. Parabéns pelo trabalho, muito relevante. O racismo é um tema que deveria ser bem mais discutido no meio acadêmico, principalmente na área de História, pois é imprescindível para o combate, e luta pela igualdade de alunos em sala de aula. Deste modo, o educador deve ter em mente que todo aluno deve ser tratado igualmente, sem distinção de raças e etnias. Sendo assim, quais estratégias poderiam ser adotadas para combater o racismo?

    Isaildo de Carvalho Veloso - UFPI

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    1. Boa noite Isaildo, Obrigada pelo comentário!
      O que deve ser feito primeiramente para combater o racismo é uma discussão em sala de aula sobre Identidade, para que os estudantes possam reconhecê-la e desconstruir os discursos negativos e estereotipados principalmente sobre a cultura negra, para assim bater-se contra o racismo.

      Att: Camíla Joseane e Sousa Rios Costa.

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  15. Elkiaer Abensur de Aquino2 de agosto de 2019 às 15:50

    Ayrton Silva e Camila Costa, enriquecedora pesquisa. O tema traz oportunidade de procurarmos maneiras de lidar com a questão de racismo e preconceitos em sala de aula. Existe e nós sabemos que é uma realidade na sociedade brasileira, por mais que alguns queiram negar. É imprescindível, apostar nas salas de aulas sem mordaça como nosso campo de lutas para além da educação, afinal temos leis na constituição que nos amparam a fazer oficinas e didáticas que coloquem o aluno em confronto com os preconceitos e combatam o racismo. Gostos de turmas do ensino médio que podemos durante a exposição das aulas e conteúdos sempre dialogar sobre esses problemas. Conscientizar os alunos em suas etapas de aprendizagem.

    Elkiaer Abensur de Aquino - UFAM

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    1. Boa Noite Elkiaer, obrigada pelo comentário.

      Este tema é necessário para se trabalhar em sala de aula, apesar de seu gosto por turmas do ensino médio, este assunto deve ser debatido em todos os níveis educacionais, nosso trabalho foi desenvolvido no ensino fundamental e o resultado foi bastante satisfatório para o curto período que tivemos.

      Att: Camíla Joseane e Sousa Rios Costa

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  16. Olá, parabéns pelo trabalho. Achei importante quando você coloca a questão dos livros didáticos! Sou professora de história e infelizmente muitos materias fornecidos para trabalhar em sala de aula, no caso os livros, ainda trazem uma visão distorcida dos negros e índios principalmente, tratando-os como seres inferiores. Trabalhos como o seu são necessários para combater estas práticas de depreciação das culturas. Mais uma vez, parabéns pela pesquisa!

    Att: Natália Regina Costa Monteiro

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    1. Olá Natália, obrigada pelo comentário sobre sua experiência em sala de aula!
      Quando os Negros aparecem no livro didático de história estão quase sempre localizados no período colonial que refere-se a escravidão, sendo assim são apresentados como seres inferiores, deixando de lado toda a sua história e cultura. Para o professor trabalhar este conteúdo em classe é necessário levar outros recursos.

      Att: Camíla Joseane e Sousa Rios Costa

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  17. Boa noite, parabéns pelo trabalho , essa tematica se faz interessante de ser trabalhada em sala de aula, pois orienta os alunos a desconstruirem conceitos que os mesmos possuem sobre o assunto, principalmente na questão juridica quando citam a lei, outro ponto é a questão do racismo, algo tão enraizado na sociedade que nega suas origens, e perpetua um comportamento que não deveria mais existir. outro ponto interessante é o proprio titulo que deram " aula sem mordaça", que evoca tambem a propria disciplina de historia que geralmente se torna alvo de criticas onde os professores são chamados de doutrinadores. acredito que o projeto proporcionou excelentes discussoes em classe.

    comentado por: mirian da silva costa/ CESC-UEMA/ 621.704.253-40

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    1. Olá Mirian, boa noite!
      Obrigado. O trabalho foi um exito, conseguimos alcançar os resultados almejados, com of oco a fazer uma reflexão sobre o combate ao racismo em sala de aula, o primeiro passo para erradicar, e colocar o respeito acima de tudo, para podemos vive em uma sociedade harmoniosa.

      Ayrton Costa da Silva

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