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DISTRITO INDUSTRIAL DE MANAUS: A CONSTRUÇÃO DA LUTA OPERÁRIA FEMININA NA DÉCADA DE 80


Vanessa Cristina da Silva Sampaio
Mestranda no Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -  CAPES .


Resumo: Considerando a presença predominantemente feminina nos postos de trabalho no Distrito Industrial de Manaus nos anos 80, este artigo tem como intensão, analisar como as mulheres operárias amazonenses passaram de vítimas à participantes atuantes nas greves, salientando suas ações de resistência, luta contra a precarização e exploração.

Introdução
O cenário dessas lutas femininas ocorrem no Distrito Industrial de Manaus, numa conjuntura de intensa luta e mobilização do movimento operário brasileiro, principalmente na década de 1980, onde as formas de resistência se faziam emergentes. No caso especificamente do Amazonas, o movimento operário industrial acompanhou o processo de mudanças no qual o Brasil estava vivenciando e foi se consolidando paulatinamente. Neste período, a questão do feminismo em âmbito nacional, encontram bases sólidas, e trazem à tona reflexões acerca do conceito de gênero, divisão sexual do trabalho e ação política.
Para entender estas transformações, é preciso compreender primeiramente, que a luta do movimento operário está em paralelo com a luta feminista, por que se aproxima quanto as questões de demanda de direitos, participação sócio-política e reconhecimento. Neste artigo se abordará questões que envolvem as vivências cotidianas das operárias industriais, alinhadas ao processo de organização e amadurecimento da classe operária amazonense, que colocam em pauta reivindicações quanto a inserção das mulheres na luta política, que se opõem ao disciplinamento, arbitrariedade e desvalorização.

As lutas femininas no Distrito Industrial de Manaus
Influenciados por essa onda grevista nacional, os trabalhadores do Distrito Industrial de Manaus a partir de 1984, com a tomada do Sindicato dos Metalúrgicos das mãos dos pelegos, sob a liderança de Ricardo Moraes, que através de mobilização, resistência e organização integrada, puderam dar início a uma série de greves, que tiveram como ponto de partida o ano de 1985. Nas palavras de Santiago (2010, p.71),“Os metalúrgicos de Manaus em 1985 protagonizaram uma das mais importantes reações à superexploração do trabalho na Zona Franca de Manaus”.
A formação de uma consciência de classe operária neste momento era preponderante, e nesta conjuntura, o papel da mulher foi essencial, segundo Pinheiro (2014, p.153), “elas tiveram participação destacada tanto como vítimas, como participantes atuantes nas greves e ações de resistência à exploração, na apresentação de reivindicações e no confronto”. Estas observações se assemelham com o pensamento de Perrot (2005, p.163) quando destaque que “ as mulheres participaram das greves na esperança republicana da década de 1980. Parece que elas viviam obscuramente, na espera de uma libertação”.
A inserção das mulheres no processo de trabalho fabril em Manaus deve ser pensada em duas perspectivas: a primeira levando em consideração a questão econômica, como ressalta Torres (2005, p.153), “por que elas revelam que precisam trabalhar para deixar se ser um peso as suas famílias e por que queriam ser independentes financeiramente”. O segundo aspecto diz a respeito à própria modificação do comportamento e dos valores femininos, ligado diretamente aos padrões estabelecidos socialmente.
Considerando esses pontos, foi no trabalho industrial que essas mulheres viram a possibilidade de melhores condições de vida e de trabalho. Em sua maioria jovens, muitas delas vinhas do interior do Estado do Amazonas, e rapidamente foram absorvidas como mão de obra barata e facilmente disponível. De acordo com Scherer (2005, p.67), “no início da ZFM, a particularidade do processo de trabalho exigia jovens, com idade entre 16 a 25 anos, sobretudo do sexo feminino”. Nesse pressuposto, o trabalho feminino era preferível por que exigia mais habilidade manual e também por que a remuneração era bem inferior aos dos homens.
Outro ponto a ser destacado é que essas jovens mulheres não tinham ainda qualquer experiência laboral, segundo Torres (2005, p.173) “ elas eram recrutadas pelo capital no meio rural em função do seu comportamento contido e submisso” que era favorável a um controle maior de suas ações. Já inseridas no processo de produção, as mulheres se concentravam geralmente nas linhas de montagem, onde o ritmo de trabalho era monitorado de perto, as cobranças eram maiores e as jornadas de trabalho extremamente exaustivas.
No Distrito Industrial de Manaus era muito comum casos de violência moral e psíquica contra as mulheres, exercidas de forma arbitraria e tirânica. Um exemplo  disso era o simples fato de ir ao banheiro, ainda conforme Torres (2005, p.174) “a operaria recebia uma ficha depois de muita insistência, entrava numa fila, esperando chegar a substituta, e saia carregando uma grande tabuleta no peito escrito ‘banheiro’ ” para ser ridicularizada. Isto não eram casos isolados e faziam parte do cotidiano dessas operárias.
A operária Valdiza Ferreira, que trabalhou na empresa Sony da Amazônia nesse período, relata que “no início era 1 hora de almoço, e depois com a desculpa de sair mais cedo, foi reduzido para 45 minutos. Era tudo muito rápido, dava mal tempo de almoçar e correr para a linha, principalmente quando tinha material para entregar”. Fica evidente o controle e a disciplina, e isso nos remete ao conceito de “uso-econômico-do-tempo” de Thompson (1998, p.176) que nos permite compreender mecanismo de condicionamento imposto pelas empresas.
Quanto as humilhações, por serem ainda muito jovens, muitas mulheres eram assediadas, havia de acordo com Ribeiro (1987, p.187), “uma divulgação de concepção que caracteriza a operaria cabocla como “liberada sexualmente” e que segundo Torres, eram frequentemente rotuladas como prostitutas pelas chefias. A empresa se tornou um espaço de ofensas, discriminações e manipulação dos corpos femininos, neste sentido, havia inclusive um programa de natalidade para evitar que essas operárias ficassem grávidas, por que seria um “prejuízo” para a empresa manter está gestante, o objetivo segundo a perspectiva de Ribeiro (1987, p.289), era “eliminar atrasos, faltas e licenças que prejudicassem a produção, como também conter o aumento excessivo do exército de reserva’.
O desrespeito se iniciava ainda no processo de seleção, tanto pelos inúmeros questionamentos pessoais, no intuito de investigar a vida dessas mulheres, quanto pela obrigatoriedade da apresentação do plano-teste para comprovar que não estavam grávidas. No tocante a essas questões, houve muitos casos de abortos e denúncias de empresas que induziam as operarias a realizar este procedimento. Essa pauta foi amplamente discutida e denunciada nos jornais de grande circulação na época.
Em denúncia, ao Jornal A Crítica do dia 09 de Fevereiro de 1986, Ricardo Moraes, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, revelou que “através de denúncias das operárias, as indústrias adotam medidas que levam as mulheres a optar pelo aborto, visto que muitas mulheres foram demitidas ou tomaram advertência por estarem grávidas”, além disso, os próprios médicos das empresas indicavam o aborto. Ricardo Moraes ainda ressalta que, “a distribuição de anticoncepcionais a todas as mulheres dentro da fábrica é um indicio que a ordem é que não se tenham gestantes no quadro de empregados”, segundo entrevista ao jornal.
A tentativa de implantação do Projeto Barthfinder, era um exemplo claro deste despeito a natureza da mulher. O projeto em linhas gerais tinha como objetivo esterilizar as operarias do Distrito Industrial de Manaus, em um prazo de 12 meses a contar de Julho de 1986, que inicialmente visava atingir 2.400 famílias. “O projeto pretendia desenvolver as seguintes ações: doação de 60% de anticoncepcionais orais, 20% de aplicação de DIU, 10% de laqueaduras e 10% de outros métodos”, conforme dados do jornal.
Essas condutas adotadas pelas empresas, apenas para citar algumas, foram o ponto de partida para que as operárias puderem se unir e organizar-se na luta contra a desvalorização, cooptação e iniciar um movimento de contracultura dentro das empresas. Para Torres (2005, p.185), “os processos de reorientação socioeducativa das operárias se fizeram acompanhar por uma matriz de revolta, sobretudo quando elas descobriram que a sua força de trabalho era explorada e usada em benefício do capital internacional”. Após a primeira greve geral em 1985, onde as operarias estiveram papel destacado, Ricardo Moraes salienta que “no geral, as mulheres eram âncoras das greves, arregaçavam as mangas nos piquetes e nos grandes confrontos”, conforme sua fala aos jornais locais.
Estas questões passaram a ser debatidas no 1ͦ Encontro da Mulher Operária de Manaus em 1986, onde um comitê feminino formado por trabalhadoras do Distrito se reuniram no Dia Internacional da Mulher. Os temas discutidos como ressalta Torres (2005, p.203), foram “mercado de trabalho, a discriminação profissional e sexual, direito a creche, salários idênticos para as mesmas funções, discriminação do aborto e outras questões”. As mulheres estavam centradas na necessidade de maior participação sócio política, que nos anos 80, ainda era um entrave na busca dessas conquistas.
Durante 1985 à 1987, o Distrito Industrial viveu um intenso período de greves, onde as mulheres tiveram grande destaque, conforme  noticiado pelo jornal A Critica do dia 09 de Março de 1986, onde “a maioria dessas greves eram lideradas por mulheres, tinham homens, mas a liderança maior era das mulheres. Elas garantiram a presença de todas as pessoas durante os três anos das grandes greves”. Nessas mobilizações era fundamental a atuação dos comando de fabricas, por que eram elas que se articulavam junto aos trabalhadores dentro das empresas, e se reuniam posteriormente com a diretoria do sindicato para definir as estratégias no decorrer das greves.
A sincronização entre os comandos de greves, liderados em sua maioria por mulheres e o Sindicato dos Metalúrgicos, foi o que deu fortalecimento ao movimento operário amazonense, integrou lutas antigas e recentes e orientou as formas de organização no chão da fabricas. Reinvindicações que poderiam passar despercebido ou ser ignoradas, se tornou pauta das lutas femininas, a mulher operaria interiorana assumiu o seu protagonismo e foi à luta, e como salienta Perrot (2005, p.159) cada vez mais “as mulheres mostram-se inquietas e legalista”



Considerações Finais
Ao longo deste estudo, observamos o crescimento e reconstrução da imagem da mulher operária do Distrito Industrial de Manaus e suas múltiplas facetas, que associado a questão do gênero e das lutas feministas, reconhecem a contribuição destas mulheres na luta contra a opressão, assédio, que na época ainda era um tabu e que muitas vezes era negligenciado e todas as formas violência moral e psicológica. A medida que essas práticas se tornavam mais evidente, mais urgente se fazia a necessidade de combate-las, ainda que fossem carregadas de preconceitos, ambiguidades e conflitos.
A pauta principal era direito de igualdade, reconhecimento e ter voz e espaço em ambientes predominantemente masculino, o caminho trilhado por estas mulheres naquele momento, permitiu que muitas daquelas praticas desaparecessem, no entanto, não se deve esquecer que para isto, alguém tinha que dar o primeiro passo, sobretudo em uma época de restruturação e transformações em diversos setores da sociedade. Ademais, é preciso destacar que apesar dos percalços, as mulheres operárias industriais não se intimidaram, mesmo em um ambiente totalmente desfavorável e hostil.

Referências
PERROT, Michelle. As mulheres ou os silêncios da história. Tradução: Viviane Ribeiro. Bauru, SP, EDUSC, 2005.
PINHEIRO, Maria Luiza Ugarte. Gênero & Imprensa na História do Amazonas. Manaus: EDUA, 2014.
RIBEIRO, Marlene. De Seringueiro à Agricultor/pescador à Operário Metalúrgico: Um estudo sobre o processo de expropriação/proletarização/organização dos trabalhadores amazonenses. Dissertação de Mestrado em Educação apresentada à Universidade Federal de Minas Gerais, 1987.

SANTIAGO, Maria Célia.  Clandestinidade e Mobilização nas Linhas de Montagem: A construção da greve dos metalúrgicos de 1985 em Manaus. Dissertação de Mestrado em História apresentada à Universidade Federal do Amazonas, 2010.

SCHERER, Elenise. Baixas nas carteiras: desemprego e trabalho precário na Zona Franca de Manaus: EDUA, 2005.

THOMPSON. Edward P. Costumes em comum: Estudo sobre a cultura popular tradicional. Revisao técnica: Antonio Negro, Cristina Meneguello, Paulo Fontes. Companhia das Letras, 1998.

TORRES, Iraildes Caldas. As Novas Amazônidas. Manaus: Editora da Univerisidade Federal do Amazonas, 2005.

Fontes primárias
Jornal A Crítica, Manaus. (1986)
Entrevista com Valdiza Ferreira da Silva, realizada em 08 de Maio de 2019. (Operária do Distrito Industrial no período estudado)

Comentários

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  2. Excelente trabalho. Ótima abordagem de como as questões de gênero se faziam presente no ambiente de trabalho e eram inerentes às reivindicações das operárias.

    - Mayra Dayanne Nepomuceno de Lima, Universidade do Estado do Pará

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    1. Mayra Nepomuceno, agradeço o elogio. O resgate da história de luta das mulheres é sempre uma temática necessária, principalmente, nos tempos atuais.

      Vanessa Cristina da Silva Sampaio - UFAM

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  3. Inicialmente dizer que é sempre uma grata satisfação falar sobre está categoria de análise que é gênero, pois sabe-se que durante bastante ás mesmas tiveram suas vozes silenciadas .Destarte utiliza-se Coutinho que afirma por séculos no espaço da casa, onde reinavam quase absolutas ,enfeitiçando maridos e filhos com a máscara da perfeição , as dedicadas e abnegadas mães e esposas encontram formas especiais e silenciosas de articular sua resistência , em murmúrios que se perdiam , muitas vezes , no coro forte dos homens que as sufocavam .
    Percebe-se que as mulheres foram com muita luta conquistando seu espaço ,mesmo que saibamos que esse processo continua nos dias atuais.
    ROCHA,Coutinho ,Maria Lúcia .Tecendo Por Trás dos Panos :A Mulher brasileira nas Relações familiares -Rio de janeiro :Rocco ,1994.

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    1. Se faz necessário romper com as barreiras do patriarcado e com a visão tradicional da mulher submissa. As mulheres são protagonistas e como tal fazem história.

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  4. Bom dia.
    Vale ressaltar que, a luta dessas mulheres ainda é de suma importância para ampliar os espaços já conquistados nos diferentes quadros da sociedade, pois ainda vivemos em uma sociedade que em muitos casos menosprezaram a força da mulher e seus ideais. Devemos repudiar toda e qualquer forma descriminatória, racista e machista contra a luta feminina. Parabéns Vanessa pelo trabalho e luta.

    Edson dos Santos Ferreira Junior-UFAM

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    1. É uma grande satisfação fazer o resgate dessas mulheres aguerridas e de luta. Nos espaços onde as mulheres são silenciadas é preciso recuperar suas histórias.

      Vanessa Cristina da Silva Sampaio - Universidade Federal do Amazonas - UFAM.

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  5. Vanessa, saiba que seu artigo é um bálsamo para a alma porque escancara as falhas morais, de abuso e de presunção que o empresariado e até staffs do Distrito Industrial de Manaus já fizeram e ainda fazem na capital amazonense. O que as mulheres do Amazonas tinham e ainda tem que passar em nome desse modelo econômico único que “escraviza” Manaus por causa da falta de caráter e de ações de uma classe política do Amazonas inerte e inútil?? Parabéns pela coragem, pelo artigo e pelo tema – muitas vezes, tido em Manaus, como “sagrado”, e daí intocável, porque não há outra opção de sobrevivência econômica nessas paragens e até mesmo de manter a própria floresta em pé!
    Betsy Bell Praia Morais – História - UFAM

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    1. A intenção do artigo é justamente esse, acabar com a visão desse modelo do Distrito Industrial de progresso e desenvolvimento. Em nome disso, muitos trabalhadores eram "escravizados' , e a partir, do momento em que se perceberam como tal, não se calaram e foram a luta. As mulheres operárias fazem parte desse processo.

      Vanessa Cristina da Silva Sampaio - Universidade Federal do Amazonas - UFAM

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  6. Prof. Esp. Julio Cesar Alves Pereira Nunes1 de agosto de 2019 às 10:56

    Olá, Vanessa Cristina da Silva Sampaio. Quero lhe parabenizar pelo contundente e bem desenvolvido trabalho.

    A história das mulheres, suas fontes, objetos e metodologias, vem ganhando cada vez mais notoriedade no meio acadêmico. Seu trabalho possui qualidade narrativa, sendo o desenvolvimento do mesmo bem articulado e coerente com a proposta estabelecida.

    A articulação documental, entre entrevistas e jornais, mostra um aparato empírico que reforça a construção do seu texto qualitativamente.

    Esse trabalho é parte de sua pesquisa de mestrado?

    Parabéns pelo construção e análise do objeto. Sucesso em sua caminhada acadêmica.

    Prof. Esp. Julio Cesar Alves Pereira Nunes

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  7. Obrigada, Júlio César pelos elogios. A minha pesquisa se baseia, sobretudo, nas greves ocorridas no Distrito Industrial de Manaus de 1984-1989. A participação das mulheres nas greves é apenas um desdobramento dela.

    Vanessa Cristina da Silva Sampaio - Universidade Federal do Amazonas -UFAM

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  8. Ótimo trabalho. É sempre bom a construção de pesquisas como esta que enfatizam a importância do gênero feminino e seu cotidiano marcado por lutas.


    Davi Benvindo de Oliveira

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    1. Muito obrigada, Davi. Trazer a história das mulheres contribuem para enfatizar sua importância social e histórica.

      Vanessa Cristina da Silva Sampaio - Universidade Federal do Amazonas - UFAM

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  9. Boa tarde Vanessa !
    Ótima pesquisa. É realmente necessário enfatizar que essas mulheres não se calaram e foram a luta para quebrarem as barreiras do tradicionalismo e patricalismo na época, em luta pelos seus direitos. Triste é lembrar que em meio a tantas lutas ainda sofremos com as heranças históricas desses sistemas.

    Vanessa da Silva Brito
    UFPI -CSHNB

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    1. Obrigada, Vanessa. O objetivo foi exatamente este. Não devemos deixar que as vozes dessas mulheres permaneçam silenciadas. Cada vez mais espaços devem existir.

      Vanessa Cristina da Silva Sampaio - Universidade Federal do Amazonas -UFAM

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  10. Vocês destaca temas pulsantes para debates como a industrialização, a luta operária e a questão do feminismo atrelado a esses dois temas o que transforma sua pesquisa em algo muito especial para a atualidade onde temos o desmantelamento das leis trabalhistas, por exemplo.

    Amanda Vieira de Sousa
    SME/ Nazarezinho - Licenciatura Plena em Geografia (UFCG)

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    1. Temas como os abordados por mim, destacam às lutas das mulheres grevistas, em uma época em que a classe trabalhadora, emergia no contexto econômico, político e principalmente social. Agradeço as suas considerações, Amanda.

      Vanessa Cristina da Silva Sampaio - Universidade Federal do Amazonas-UFAM.

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  11. Boa noite, gostaria de parabenizar a professora Vanessa Cristina por ter abordado, na historiografia, um tema tão importante, que nos faz refletir sobre as relações trabalhistas, assédio moral no trabalho e desrespeito as mulheres. Incrível, essas formas de exploração, humilhações, controle de natalidade acontecerem em uma época tão recente (anos 80), e mais importante ainda é ressaltar as lutas dessas mulheres por seus direitos, seu protagonismo, sua organização quando elas se reconheceram como sujeitos, mulheres com direitos violados e partiram para a luta operária. Esta pesquisa trouxe à tona a situação das trabalhadoras do distrito de Manaus, tirando-as do silencio e dando um sentido ao que acontecia com essas trabalhadoras. Parabéns! Atenciosamente, Isabela Thamirys Silva Amaral ( UESPI)

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  12. Obrigada. Você conseguiu captar bem o objetivo do trabalho. A mulher, tem sim, centralidade no momento grevista.

    Vanessa Cristina da Silva Sampaio - Universidade Federal do Amazonas - UFAM

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