Allef Gustavo Silva dos Santos
Graduando em História da Universidade Estadual do
Maranhão-UEMA.
Josiel Luis Franco de Andrade Carvalho
Graduando em
História da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA.
(Coautor).
Resumo: Procura-se neste
trabalho analisar dois modelos de cidades brasileiras, uma advinda da colônia,
e outra nascida na monarquia. As diferenças entre estas duas cidades e as
classes que as compõem serão os traços argumentativos, juntamente com suas práticas
econômicas. Para tanto o livro “sobrados e mucambos” de autoria de Gilberto
Freyre nos ajudará a entender este processo de transformação das estruturas
sociais e políticas deste recorte temporal que vai de 1822-1888. O livro de
Lilia Moritz Schwarcz “a longa viagem da biblioteca dos reis”, para fundamentar
a transformação das cidades do litoral em locais mais sofisticados. Caio Prado
com seu livro “história econômica do Brasil” para entender o processo de
evolução econômica e sua importância para as cidades. Emília Viotte da Costa
para o entendimento da cidade rural brasileira do século XIX, abordada em
capítulos de sua obra “Da monarquia á república”, além de outras obras e
artigos complementares sobre o assunto, compõe o universo de referências.
Palavras-chave: Cidade. Sertão. Interior. Urbanização. Elites.
Introdução
Busca-se analisar na historiografia pautando a escrita em
Gilberto Freyre e Lilia Schwarcz, bem como em Emília Viotti da Costa entre
outros, quais os dois modelos de cidades existentes no Brasil do século XIX, se
existe uma perspectiva de urbanização ampla e sofisticada destas cidades, e
quais elementos além dos espaços podem nos fornecer estes a argumentação
necessária para uma tomada de consciência da existência ou não destes aspectos.
E claro ponderando e fundamentando através de artigos complementares, este
estudo se delineia nas evoluções sociais e estruturais de um Brasil
independente, buscado no recorte temporal do ano de 1822-1888, com suas marcas
nas cidades deste período, enveredando também por uma nova perspectiva
urbanística deste tempo que surge no litoral, no Rio de janeiro, Salvador,
o litoral paulista e o próprio interior desta província, como fundamentos de um
novo Brasil, agora independente das amarras políticas de Portugal, que precisa
se afirmar como nação, e que deve para isso organizar-se territorialmente,
melhorar suas cidades ainda muito precárias. Constituir um berço do
poder[1] moldado urbanisticamente de onde partirão as novas
relações político-administrativas, exemplo: as novidades da pela époque
francesa, o comércio, a vida da nova classe integrante da sociedade brasileira
chamada “burguesia”, esta típica das cidades urbanas, a aristocracia letrada e
suas associações em instituições públicas[2]. O intuito é escrever mostrando as
particularidades destes dois modelos de cidades brasileiras, uma engendrada na
colônia ainda isolada no interior, ou pouco organizada espacialmente no litoral
e a outra nascida nos primórdios da independência. Da contraposição
litoral-sertão, urbano-interior, senhor de engenho[3]-burguesia.
O que é Cidade
As dificuldades de se trabalhar uma definição de cidade é que
nem toda cidade é igual. Que são diferentes em épocas distintas. Que os
conceitos mudam de acordo com o tempo. E que as cidades são híbridas, mas busca
características próprias de acordo com o local onde ela se estrutura.
Entretanto buscou-se em Raquel Rolnik “O que é Cidade” uma fundamentação mais
abrangente para trabalhar estas cidades brasileiras, diferentes entre si,
representantes de dois modelos tanto da estrutura de poder no Brasil, como marcas
de sua própria história, que são as cidades do litoral e as do interior
sertanejo. Por isso entende-se cidade aqui “um campo magnético que atrai, reúne
e concentra os homens” (ROLNIK, p.12). Toda cidade é urbana por que tem
estruturas características como ruas, construções e instituições, e em maior ou
menor grau ela é estimulada pela população em constante crescimento atrelada ao
comércio, símbolo das trocas mercantis, da circulação de produção, das trocas
culturais.
Cabe, porém assinalar que os dois modelos de cidades do
Brasil imperial são diferentes entre si tanto na estrutura, como nos núcleos de
influência, carregam traços históricos de uma colonização portuguesa que custa
a se modificar principalmente nas cidades do sertão.
Um processo político e social
Com
a chegada de D. João VI ao Rio de Janeiro, o patriciado rural que se
consolidara nas casas-grandes de engenho e de fazenda – as mulheres gordas,
fazendo doce, os homens muito anchos dos seus títulos e privilégios de
sargento-mor e capitão, de seus púcaros, de suas esporas e dos seus punhais de
prata, de alguma colcha da Índia guardada na arca, dos muitos filhos legítimos
e naturais espalhados pela casa e pela senzala – começou a perder a majestade
dos tempos coloniais. (FREIRE, p.65).
Assinalar a queda gradativa da majestade dos
senhores de engenho num tempo em que o Brasil, colônia elevada a reino unido de
Portugal após a chegada da família real, pode parecer em certa medida presunção
em relação à realidade local que se apresenta da seguinte maneira: produto de
exportação sendo o açúcar, produzido nas antigas capitanias, em grandes
propriedades, mão de obra escrava, senhor de engenho (uma autoridade local
muitas vezes mais forte que o vice-rei)[4], poder
fragmentado nas regionalidades. Este é o panorama encontrado pela família real
aqui na sua colônia, contudo, o autor passa a assinalar a partir daí no cerne
da nova política um interesse na modificação estrutural deste pedaço de terra
no Atlântico sul.
No entanto como se verá nas discursões sobre os
novos modelos de cidades brasileiras, baseadas na escrita de Gilberto Freyre no
livro “Sobrados e Mucambos”, hora essa construção se da com as duas principais
“elites” deste período de forma separada, hora as duas “elites” se unem para
dar cabo desse processo. Cabe elencar que essas elites aqui no plural são duas,
uma advinda do Brasil colônia, e a outra formada a partir de imigrantes
europeus do século XIX[5]
mais precisamente, com diferença da nomenclatura, pois a elite colonial é
resquício de um processo de povoamento de terras desconhecidas, fazer-se
produzir esta terra num contexto de capitalismo de exportação e escravista.
Esta outra elite é uma elite do processo de industrialização da Europa, mas boa
parte dela, só se constitui elite aqui nas terras brasilis, cuja nomenclatura
utilizada pelo autor é “burguesia” [6]. Convém
assinalar que a burguesia enquanto classe dominante no Brasil só se efetiva nas
modificações do senário industrial já no governo Vargas, o que se tem aqui são
traços de aburguesamento da aristocracia senhorial, principalmente através de
seus filhos que vão estudar nas escolas de direito e medicina, seja no próprio
país ou na Europa. Os imigrantes ainda não tem tanta expressão de conquista de
mercado e poder neste estado ainda servil, e cheio de monopólios. A burocracia
estatal é formada sobretudo por estes filhos dos senhores da terra.
As
rupturas que se pretende assinalar é parte de um processo político gradativo
movimentado pelo Império, sobretudo pelo Segundo Reinado, de reformas das
cidades, de reforma administrativa através da burocracia treinada nas
universidades europeias ou nas faculdades de direito do Brasil (Olinda, Recife
e São Paulo). Da arquitetura, do saneamento, das cidades que representaram este
Brasil independente, haja em vista os resquícios de um Brasil colonial, como a
escravidão, as localidades longínquas como partes servientes do estado
nacional, com seu núcleo de poder situado no litoral no Rio de Janeiro. E esta
ruptura em inicia-se com a chegada da família real ao Brasil no ano de 1808,
trazendo um aparato de sofisticação anos a frente do que poderia pretender uma
típica cidade da colônia até então. O teatro, o banco, a biblioteca, os jardins,
estes últimos com certas ressalvas, mas seria um elemento do novo modelo
espacial e social das cidades em desenvolvimento econômico na segunda metade do
século XIX, contudo algumas instituições implantadas por D. João VI já abrem os
aspectos do panorama desta nova cidade:
A
presença no Rio de Janeiro de um príncipe com poderes de rei; príncipe
aburguesado, porcalhão, os gestos moles, os dedos quase sempre melados de molho
de galinha, mas trazendo consigo a coroa; trazendo a rainha, a corte, fidalgos
para lhe beijarem a mão gordurosa mas prudente, soldados para desfilarem em dia
de festa diante do seu palácio, ministros estrangeiros, físicos, maestros para
lhe tocarem música de igreja, palmeiras imperiais a cuja sombra cresceriam as
primeiras escolas superiores, a primeira biblioteca, o primeiro banco [...].
(FREYRE. p.65).
O olhar culturalista, antropológico e histórico de
Gilberto Freyre nos permite enxergar a partir daí não novos rumos para o
Brasil, mas um novo processo que tomará todo o período monárquico adentrará a
república e se renova até hoje, que é o processo de modernização das cidades de
acordo com os padrões políticos e culturais incorporados de fora,
principalmente da Europa. As relações sociais dantes um tanto monótonas tomam
rumos mais frementes, como por exemplo, os jornais como noticiário das atividades
da monarquia no Brasil, em suas linhas abordando o cotidiano das cidades, da
vida dos escravos, da literatura anedótica da vida diária chamada crônica, dos
passeios nos jardins botânicos[7].
Nasce uma nova cidade, a cidade do poder imperial, mais organizada, preparada
para a nobreza, para a aristocracia, a burguesia, e para onde os senhores de
engenho irão tratar de negócios ou onde negros livres[8]
cuidar dos mesmos. Altera-se uma vida cotidiana local. Um rei está na colônia.
Isto não causa tanto uma mudança física nas cidades brasileiras, o que se busca
elencar aqui é que o núcleo de poder de Portugal estando no Brasil favorece as
instituições locais que se projetam com mais importância, e as elites locais
veem um cero rigor nas organizações das capitanias, como as demarcações mais
precisas para que não haja invasões de outras, como é o caso do maranhão em
1816 mandando Francisco de Paula ribeiro cumprir uma exigência há tempos por se
fazer, que seria a demarcação da capitania para frear as invasões da capitania
de Goiás.
O Brasil a partir do segundo reinado, pós
organizações do Estado, da constituição, do reconhecimento do estado
independente, a certa tranquilidade de Dom Pedro II que não temia mais levantes
nem conspirações, e as elites instruídas na Europa da revolução industrial
tornarão este processo irreversível e seus desdobramentos sombrios. Fato é que
é um trabalho realizado para fomentar a economia local, ajuntando-se a elite
“rural cafeeira” e a elite litorânea constituída de burocratas do estado e
burgueses:
Irineu
Evangelista de Souza é um dos personagens mais importantes do Segundo Reinado
no Brasil, juntamente com o Duque de Caxias. Mauá havia retornado da Inglaterra
em 1840, com a cabeça fervilhando de ideias. A Revolução Industrial havia
acabado de explodir por lá, e o velho mercantilismo de outrora estava sendo
substituído pela indústria e pela produção de bens de consumo. (COSTA, p. 62).
A
cidade litorânea no século XIX
No
entanto, foi após 1811 que se abriram as comportas para um bom banho de
civilização. A final, uma corte que se preze não pode viver sem seus ícones de
distinção, grandeza e civilidade. Era preciso dotar a cidade de símbolos que
representassem a visão iluminista do governo, e a cidade do Rio de Janeiro
deveria estar apta para cumprir o seu papel de sede da monarquia e
cartão-postal do império. (SCHWARCZ, 2002, p. 256).
É
o surgimento do que se entende por processo de urbanização no Brasil. São elementos incorporados para dar ares
de “civilização” ao local ainda rural, como a biblioteca, o banco, o teatro, o
jardim botânico, os palácios, etc. notadamente para o conforto da família real,
mas após o regresso do rei a Portugal fica aqui uma estrutura sofisticada no
litoral que será sede da monarquia brasileira. Monarquia de união territorial, da centralização de poder, e a partir de
1850 de incorporação das práticas de desenvolvimento da Europa. A arquitetura
desta cidade mais urbana é um barroco europeu, e aí reside a confusão em grande
parte do entendimento da questão urbana, pois o significado de urbano[9] pressupõe uma série de medidas de comodidade social,
e não das construções, as construções são abordadas do ponto de vista
arquitetônico, e estas medidas de comodidade social já existiam nas cidades
mais urbanas do Brasil do século XIX:
Durante
o segundo reinado (1840-1889), surgem os primeiros esforços para a
industrialização do brasil. Empresários brasileiros, como Irineu Evangelista de
Souza, o visconde de Mauá _ e grupos estrangeiros, principalmente ingleses,
começam a investir em estradas de ferro, estaleiros, empresas de transporte
urbano e gás, bancos e seguradoras.[...] (VAL SANTOS, p.7).
E
as leituras de periódicos[10] sinalizam para uma convivência mais urbana do que se
imagina. A crônica como símbolo da crítica ao cotidiano da cidade urbana onde
se delineava a vida do citadino destas áreas como sempre apressado,
movimentando-se segundo os ponteiros do relógio nos remete a um grau de
urbanização em ritmo crescente. As malhas férreas antes como símbolo e serviço
do movimento da realeza no trajeto de Petrópolis e a baia de Guanabara, agora
são símbolo do desenvolvimento mercantil, da rapidez no transporte dos gêneros
agrícolas produzidos na grande lavoura para os portos de santos e do rio de
janeiro principalmente, de onde ganhavam o mercado mundial:
O
aparelhamento técnico se desenvolvera bastante. As estradas de ferro, cujo
estabelecimento data de 1852, somavam cerca de 9.000 km de linhas em tráfego, e
outros 1.500 em construção. A navegação a vapor se estendera largamente, e além
das linhas internacionais, articulava todo o longo litoral brasileiro desde o
Pará até o Rio Grande do Sul; prolongava-se ainda para o Sul, e pelo Rio da
Prata e rios Paraná e Paraguai, comunicava Mato Grosso com o resto do país.
[...] (PRADO JUNIOR, p. 191).
A lavoura é o que prospera no Brasil e garante em
grande parte o seu desenvolvimento, mas o que se quer assinalar são as
iniciativas e implementações inovadoras para um país agrário-exportador, com
classes sociais ainda bem divididas entre senhores e escravos, uma nova
perspectiva norteadora do país independente. Sua integração no mercado global,
e as modificações estruturais as quais se sujeita. Desta forma as relações
sociais na cidade “urbana” são diferentes das relações citadinas no campo. A
mulher parece não ter tanta repreensão, o filho dos “burgueses” destas cidades
são estudantes das universidades europeias, formados para compor a burocracia
imperial, encarregados de dar ares de civilidade a este canto do globo:
O
bacharelismo, ou seja, a educação acadêmica e livresca desenvolveu-se entre nós
com sacrifício do desenvolvimento harmonioso do indivíduo. Bernardo Pereira de
Vasconcelos aos quarenta anos já parecia um velho. E é curioso salientar nos
homens novos que no reinado de Pedro II tomaram tão grande relevo na política,
nas letras, na administração, na magistratura, o traço quase romântico da falta
de saúde. (FREYRE, p. 121).
É destas diferenças, seja na criação dos filhos, na
formação intelectual, a qual devemos ter cuidado na análise e em não afirmar a
existência de intelectuais das letras apenas na monarquia, ou que estes jovens
burocratas, poetas, e músicos saíram exatamente da cidade mais urbanizada, pois
mesmo na colônia se ouve falar em Gregório de Matos, Eusébio de Queiroz, e
Bento Teixeira.
A cidade nova apresenta traços diferenciados da
cidade colonial antiga, ou faz uso das estruturas existentes com mais
intensidade. Temos os exemplos de sobrados, construções mais altas, mais
aburguesadas, uma espécie de diferenciação da nova classe que compõe o Brasil
em relação às “aristocracias regionais” mais conhecidas como senhores de
engenho, ou oligarquias. A praça existe como espaço de socialização. A rua é
uma rota de transito, mas, sobretudo do fluxo cultural, da troca de
experiências, da venda ambulante que traz novidades do Oriente, ou do próprio
Ocidente, as novidades francesas, e inglesas, das notícias sobre as ações do
governo. Esta cidade se divide em bairros marcados culturalmente através das
pessoas que os criam, como no caso de São Paulo o bairro de judeus, dos
japoneses, de italianos, e quando não, de um caráter sindicalista:
As
ruas, parece que tiveram nas cidades mais antigas do Brasil seu vago caráter
sindicalista ou medievalista, em umas se achando estabelecidos, se não
exclusivamente, de preferência, certa ordem de mecânicos, em outras, os
negociantes de certo gênero – carne ou peixe, por exemplo. Ou de certa
procedência: judeus ou ciganos. Os nomes mais antigos de ruas acusam
sobrevivência, no Brasil, do sindicalismo ou do medievalismo das cidades
portuguesas. Rua dos Toneleiros. Beco dos Ferreiros. Rua dos Pescadores. Rua
dos Judeus. Rua dos Ourives. Rua dos Ciganos. (FREYRE, p. 91).
Mesmo
com saneamento ainda precário, estas cidades serão responsáveis por
instituições de socorre para as quais os senhores da casa grande na cidade do
campo correram quando precisar de ajuda[11].
A profilaxia engatinha, e as doenças são cruéis com a população, e
reconhece-se, esta higiene é uma obra do século XIX europeu que chega atrasada
no Brasil. Tal é a situação nestas cidades já com ares de “urbanização” no
século XIX. É a cidade das relações sociais de mais complexidade que as do
campo, ainda que estas sejam também complexas, mas as novas instituições
endossam uma análise mais aprofundada e aguça, em vez que estas cidades se
constituem de bairros devidos seu povoamento, e outra diferença em relação à
cidade do campo, é o núcleo de emanação do poder, ele advém de uma burocracia
especializada para tal, existem as instituições locais, já a cidade rural tem
seu núcleo da casa grande e uma grande faixa de terra para produção agrícola.
Os
ofícios do campo para a cidade urbana sofrem valorização, e quem desempenha
geralmente é o mulato ou escravo ou ainda o ex-escravo, possibilitando uma
ascensão social lenta, isso devido a não existência forte de uma economia
industrial. Entre todos estes aspectos da cidade urbana, a sua dinâmica parece
ser mais dinâmica, cabendo para a análise da mesma os por menores, como a casa,
este núcleo citadino que ao lado das instituições públicas, privadas, sociais e
religiosas, formam o todo do qual a urbanização age como adequação ao tempo e
às necessidades dos moradores, nada mais que isso.
Conclusão
Neste caso o intuito do trabalho foi
perceber através da escrita de alguns autores, mas principalmente em Gilberto
Freyre, Lília Schwarcz, Emília Viotti, e Caio Prado, as cidades brasileiras
como núcleos estruturantes da nação, a partir das perspectivas econômica,
social e política. Observando as diferenças e permanências, as divisões e os
conjuntos no processo de “urbanização” deste núcleo cheio de interpretações que
é a cidade. Por isso através de metodologia bibliográfica buscou-se ponderar o
que se conhece como “urbanização” neste período contrapondo ao rural deste
período, assim ficou interessante o diálogo entre os autores e o auxílio de
artigos, pois falaram de seus respectivos lugares, de intelectuais, e
metodologias diversas.
Decorrido este percurso o urbanismo no
século XIX existe, mas é um urbanismo de civilização, com a estrutura urbana
ainda acanhada, com um processo de industrialização lento. No entanto revela-se
pela leitura de Sobrados e Mucambos
o declínio gradativo da aristocracia rural, o nascimento da “burguesia” no
litoral, as divisões sociais trazidas pela nova cidade. Na leitura de Emília
Viotti certo ceticismo em relação a esta cidade, para a qual a cidade
brasileira é ainda rural, no entanto não deixa de elencar a possibilidade da
ascensão social do ex-escravo através do comércio praticado nas cidades mais
dinâmicas, esta para o artigo já em processo de urbanização. Lília Schwarcz
olha para o aspecto de civilidade que tem a urbanização, dos elementos trazidos
já coma a corte portuguesa para fundamentar um novo patamar dessa terra
longínqua: a biblioteca, o banco, o jardim botânico. Em Caio Prado a estrutura
política muda da colônia para a independência no sentido de localidade, mas a
perseverança das divisões sociais é que inquietam um marxista a enxergar
exatamente o que será o fim do regime: a abolição da escravatura. Já nos
artigos organizados em Sérgio Buarque o poder da coroa centraliza a
administração através da supressão gradativa das forças locais, é a luta da
cidade “urbana” com a cidade “rural”. Com as demais leituras buscou-se
fundamentar a escrita, trazendo pontos de vista divergentes a fim de encontrar
esta urbanização no Brasil no século XIX, tratando de diferenciar os dois
exemplos de cidades deste período.
Referências
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REIS FILHO, Nestor Goulart. Quadro da Arquitetura no Brasil.
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ROLNIK, Raquel. O que é cidade. São Paulo: Editora
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SCHWARCZ, Lilia Moritz. A longa Viagem da Biblioteca dos reis:
do terremoto em Lisboa à independência do Brasil. São Paulo: companhia das
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SCHMIDT, Benício Vieiro. A modernização e o Planejamento Urbano
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TAUNEY, Carlos Augusto. Considerações gerais sobre a administração. In: Manual do Agricultor brasileiro; organização de Rafael de Bivar
Marquese. São Paulo: Companhia das
Letras, 2001.
[1] Referência à cidade do Rio de
Janeiro que será sede da monarquia brasileira, e do governo republicado até a
segunda metade do século XX.
[2] A criação do IHGB no segundo
reinado é um exemplo.
[3] O engenho como instituição de
produção mais mecanizada é típico da colônia, notoriamente perde sua força no
império, e é aqui ressaltado como uma estrutura que serve de núcleo das cidades
rurais, no entanto a outra instituição a que nos debruçaremos com mais
veemência serão as fazendas (de café, de algodão, de gado, etc.).
[4] Estrutura administrativa da
colônia, permanecendo até a chegada da corte em 1808. O vice-rei tinha status
de autoridade suprema na colônia, era a figura representativa do rei além-mar,
mas como bem ressaltam Sergio Buarque de Holanda e Emillia Vioti estas
instituições não são tão respeitadas por esta aristocracia rural.
[5] Imigrações capitaneadas pela
monarquia, mas segundo vários historiadores com objetivos controversos, como
por exemplo: transformar o Brasil em uma Europa na América; embranquecer a
população; substituir a mão de obra escrava. Estes dois últimos pontos são bem
colocados por Emília Viotti da Costa no capítulo do seu livro: DA MONARQUIA A REPÚBLICA: momentos
decisivos” intitulado “escravos na grande lavoura”.
[6] Cabe assinalar que o termo
“burguesia” utilizado aqui é específico da compreensão de Gilberto Freyre em “Sobrados e Mucambos” quando
aborda os imigrantes europeus que se constituíram uma elite no centro urbano
brasileiro (litoral), chegando a realizar atividades econômicas de médio e
grande porte, mas nada relacionada ainda a uma “burguesia industrial”.
[7] A revista “o agronômico” de
campinas exibe uma seção de história sobre OS JARDINS BOTÂNICOS BRASILEIROS, retratando o surgimento
destes jardins de plantas já no século XVIII, por tanto não uma invenção do
império, mas um aperfeiçoamento destes locais, a expansão em outras áreas como
São Paulo, e Rio de Janeiro.
[8] Emília Viotti sugere tal evidência
no capítulo 6 aprofundando ainda na possibilidade de Ascenção social nestes
“núcleos urbanos” dos fins do Brasil monárquico.
[9] Urbano referente individualmente
as casas, ruas e praças, não um meio completamente investido de organização
ambiental saneada, avenidas largas, água encanada. Alguns destes problemas
estimulam projetos de urbanização em raios mais amplos, ai sim é “urbanização”,
quando a política toma parte. Em A
CIDADE COMENTADA: expressões
urbanas e glossários em urbanismo” a resposta a esta questão fica mais clara.
[10] Periódico no século XIX não são
propriamente todos os artigos de leitura que conhecemos hoje, mas jornais, cuja
circulação poderia não ser periódica.
[11] Num período de mercado precário
do Brasil frente aos produtos industrializados da Europa esta ajuda significa
nas palavras de Gilberto Freyre “empréstimo”.
Muito interessante o processo de modificação do espaço urbano, devido os impactos
ResponderExcluirdas mudanças sociais, o enfraquecimento do rural e a aparição do urbano, aburguesado
e atravessado também pelos excluídos que se distribuíam para ocupar os espaços
Diego Silva Lima-UFPI
032.728.663-61
Sim. Este artigo originalmente é maior, mas devido as regras do simpósio está em versão menor. Busquei colocar o processo de "urbanização" na sua perspectiva de aperfeiçoamento com o passar do tempo. Que as mudanças no espaço estão ligadas a mais do que simples consenso entre as elites locais ou na diferenciação dos mesmos, parece que obedece a uma constante mundial da busca dos espaços modernos, com raiz nas ideias francesas, ou em geral no caso das cidades, com suas raízes nos exemplos de cidades europeias, isto no caso da América, especificamente neste artigo a América portuguesa, o Brasil.
ExcluirAllef Gustavo Silva dos Santos.
Universitária estadual do Maranhão.
613.487.633-02
Fiquei fascinada com este artigo porque, realmente, engloba tudo que tenho conhecimento de como eram as cidades brasileiras no século XIX – pelo menos, de uma maneira geral -, mas fiquei curiosa – uma vez que o texto não está completo por ocasião das regras do Simpósio – de saber se os autores descobriram alguma cidade brasileira, da época estudada, que destoava dessa polaridade colônia-monarquia. Se existiu alguma cidade com um viés singular. Ou mesmo, se era possível – diante de um processo de colonialismo – alguma cidade sair dessa polaridade. Por fim, parabenizo todas as informações aqui postadas, principalmente, como eram as cidades da monarquia. Aliás, o único “senão” é que senti falta de mais informações do cotidiano citadino das coloniais.
ResponderExcluirBetsy Bell Praia Morais – História - UFAM
Obrigada pelas colocações. Quanto pergunta problematizo um certo preconceito que existe entre o desenvolvimento urbanístico das cidades do litoral em relação às do sertão. Dou como exemplo Caxias-MA, cidade tratada por Domingos José de Magalhães como rica, e próspera. Então de fato foge um pouco a esta dualidade dos dois modelos apresentados, no entanto percebo que a elite caxiense é que estava interessada nas ideias francesas, o que coloca uma cidade do "sertão" dentro do fluxo das novas idéias a respeito dos espaços.
ExcluirAllef Gustavo Silva dos Santos
Universidade estadual do Maranhão
61348763302
Muito obrigada Allef :)
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito obrigada pelas colocações. É objeto de meus estudos a cidade, no entanto busquei enfatizar neste artigo as transformações dos espaços e a dualidade Litoral- Sertão, colocando no artigo que as cidades mais sofisticadas irão buscar uma maior diferenciação nos espaços, enquanto que as do interior ou "sertão" irão mantar em certa linha sua carga cultural advinda do período colonial.
ExcluirAllef Gustavo Silva dos Santos
Universidade estadual do Maranhão
61348763302
Sempre fui apaixonada pela história das cidades, no Brasil, e no caso específico, na região sul, um fato importante de menacionar é que a constituição das cidades em grande parte aconteceu em volta de uma igreja ou seminário.
ExcluirSônia Oracilio Duarte (Unioeste)
As cidades colonias não podiam serem iguais as urbanas , os colonizadores não tinha recursos para fazerem melhorias, já as cidades urbanas, os construtores possuíam finanças para construí-los modernas.
ResponderExcluirAutor: Raul Francisco Leal
Na verdade a problemática entre "urbs" e "Rust" só existe na iddade média. De forma que muitos espaços modernos são urbanos com características da "Rust", e a diferença reside em quê as cidades litorâneas irão buscar se afastar de tais características, primeiro influenciadas pelas novas idéias dos espaços urbanos, segundo por quê o Brasil não será mais uma colônia.
ExcluirAllef Gustavo Silva dos Santos
Universidade estadual do Maranhão
61348763302
O texto traz uma bela discussão a respeito da História das cidades. Trabalha com os diversos ângulos de visões, embasada nos autores citados no texto Gilberto Freyre, Lília Schwarcz, Emília Viotti, e Caio Prado. Isso foi interessante porquê deu uma característica ampla da abordagem no artigo. No Brasil colonial, as estradas existentes que faziam as ligações entre as cidades, onde percorriam os viajantes eram cheias de buracos, haviam descaso com estas estradas, que só veio a melhorar com a vinda da família real.
ResponderExcluirExato. Percebe-se uma mudança significativa, e Gilberto Freyre até cita como algo grandioso para o Brasil como de fato foi. Mesmo que a localidade da coroa se restrinja á capital"Rio de Janeiro" suas influências por meio da burocracia se tornam mais forte. Dá um certo prestígio. Mas as mudanças estruturais mais profundas são notadas no segundo reinado.
ExcluirAllef Gustavo Silva dos Santos
Universidade estadual do Maranhão
61348763302
O texto traz uma bela discussão a respeito da História das cidades. Trabalha com os diversos ângulos de visões, embasada nos autores citados no texto Gilberto Freyre, Lília Schwarcz, Emília Viotti, e Caio Prado. Isso foi interessante porquê deu uma característica ampla da abordagem no artigo. No Brasil colonial, as estradas existentes que faziam as ligações entre as cidades, onde percorriam os viajantes eram cheias de buracos, haviam descaso com estas estradas, que só veio a melhorar com a vinda da família real.
ResponderExcluirBruno Moreno Soares-UVA
Excelente o seu trabalho Allef Gustavo. Acho de extrema importância se procurar entender o processo de urbanização brasileira, já que é através dessa compreensão que podemos ver de maneira mais clara o ambiente encontrado nos dia atuais. Para tanto, gostaria de lhe perguntar: sabendo que a elite brasileira durante o império tem sua conjuntura constituída em grande parte de grandes produtores agrícolas. Sabendo de tal premissa seria possível indicar que o Brasil foi durante muito tempo barrado de um processo de industrialização, já que tal modo ação não seria algo bem visto pelos grandes produtores? Pois fica evidente que a industrialização terá uma maior profusão durante o governo de Getúlio Vargas, nesse sentido pode- se compreender o atraso por esse viés ?
ResponderExcluirMuito boa suas reflexões no trabalho, parabéns!
Comentado por: Ruan David Santos Almeida acadêmico do CESC-UEMA.
Brigado pelas colocações meu amigo. Na verdade Getúlio Vargas é sempre lembrado como um grande presidente que acentuou o processo de industrialização do Brasil, no entanto medidas de industrialização foram tomadas no segundo reinado, visando a competição dos produtos agrícolas. Quanto á elite, é uma problemática interessante, e me parece algo da própria estrutura administrativa que traz o Brasil do período colonial ao período imperial, mas esta restrição é mais significativa, não em regra geral, dentro do interior, já próximo ao litoral as linhas férreas abundam no escoamento da produção de café, e no espaço urbano já existe gás para ajudar na iluminação, entre muitas outras coisas.
ExcluirAllef Gustavo Silva dos Santos
Universidade estadual do Maranhão
61348763302
Mas foi a partir de Getúlio Vargas que a industrialização brasileira realmente aconteceu de forma promissora, não é isso? obs: o processo de industrialização é super importante no processo de urbanização e definição de rural e cidade, pelo pouco entendimento que tenho penso assim, estou errada, Allef?
ExcluirAline da Silva Moraes - UFMA
O problema é cristalizar tudo como março de um governo ou de um governante e não como processo histórico que tem seu início não em figuras, mas em transformações sociais, percebidas no tempo e no espaço. Getúlio tem seu mérito com o estado protecionista e as estatais do desenvolvimento brasileiro do século XX. Mas seria possível um alargamento econômico do Brasil no século XIX com a presença das vias férreas? Seria possível pensar em encanamento de gás em um país que estava anos luz do desenvolvimento industrial? Que São Paulo em pleno século XIX já crescia e modificava o curso das águas dos rios da cidade a fim de que não impedisse o seu crescimento, se não fosse movimentada pelas ideias industriais? Bom, muita coisa do Brasil imperial permanece ainda por estudar.
ExcluirAllef Gustavo Silva dos Santos
Universidade estadual do Maranhão
61348763302
Considero muito interessante a sua abordagem Allef demostrando o contraste entre os dois modelos de cidade. Minha pergunta é a seguinte: você demostrou bem como a cidade litorânea tinha um estilo arquitetônico baseado no barroco europeu, pode-se afirmar que o modelo de cidade colonial incorporou um estilo arquitetônico mais “livre”, devido a um distanciamento em relação a corte imperial, ou ainda sim havia essa influência do barroco europeu?
ResponderExcluirNildo Doval Moutim
Boas colocações. Sim, o borroco está presente tanto na cidade do interior quanto na do litoral. A diferença reside em que a primeira apresenta traços do período colonial muito fortes, não se desligando deles completamente até o período estudado, já a segunda busca uma modificação no seu espaço influenciada pelas ideias francesas. Mas a grande sacada do artigo é como o fluxo das ideias de espaços "urbanos" sofisticados passeiam pelo Brasil, como umas cores aderem a esses ideias através de suas elites, e não é regra que a cidade interiorana esteja atrelada sumamente ao colonial, pois dou o exemplo de Caxias, rica, próspera e bem guarnecida, com suas ruas calçadas e suas belas igrejas (o artigo aqui não está completo pois teve que se adaptar ás regras do simpósio), fruto dos anseios de uma elite em transição para a burguesia que atinge seu ápice nos fins do século XIX.
ExcluirAllef Gustavo Silva dos Santos
Universidade estadual do Maranhão
61348763302
Cidades*
ExcluirMuito interessante esse artigo, pois destaca o processo de formação das cidades, suas particularidades e a influência europeia no modo de vida nas cidades, além de ressaltar as permanências das cidades do Brasil colonial como por exemplo a divisão das classes sociais.
ResponderExcluirCristiane Coelho de Sousa- UFPI
064.889.623-45
Sim. Obrigado pelas colocações.
ExcluirAllef Gustavo Silva dos Santos
Universidade estadual do Maranhão
61348763302
Muito bom esse trabalho, pois de forma simples e claras mostra a conceituação e cidade, e todo o processo que ocorre envolta da mesma no sentido crescimento e mudanças. Achei interessante quando fala do aburguesiamento, creio que é fundamental evidenciar tal processo quando tratamos dessa parte da historicidade que mostra evolução.
ResponderExcluirAqui meus parabéns, gostei muito do trabalho.
Aline da Silva Moraes - UFMA
Sim, o aburguesamento da elite brasileira é um processo quase paralelo ás transformações da cidade.
ExcluirAllef Gustavo Silva dos Santos
Universidade estadual do Maranhão
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ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho a construção da Concepção que se coloca sobre a cidade está muito bem organizada e muito bem distribuída utilizando de autores bem conceituados como Gilberto Freyre para embasá-lo nessa discussão parabéns Este é um ótimo trabalho
ResponderExcluirMatheus Wilson Silva dos Santos Universidade Estadual do Maranhão _ UEMA-CESC
61496994396
Obrigado meu caro. Espero que tenha contribuído para sua percepção sobre a historiografia de cidades.
ExcluirAllef Gustavo Silva dos Santos
Universidade estadual do Maranhão
61348763302
Muito interessante seu artigo.
ExcluirOs modelos de casas provenientes de uma época é marcado pelo um grande nível de história, e traços peculiares de uma época. Concordo quando menciona que as cidades interioranas tem uma preocupação de manter uma cultura.
Teresinha Luísa Rodrigues
Universidade Federal do Piauí.
obrigado. Este esboço de nosso trabalho li traz refletir sobre a construção e permanecia de nossas cidades.
Excluirass: Josiel Luis Franco de Andrade Carvalho.
O presente artigo deixa claro que as cidades colonias possuíam ruas e praças, ambas com suas finalidades. Porém com as transformações políticas e econômicas as cidades foram ganhando uma nova estrutura. Com o crescimento das industrias automobilísticas as cidades, como frisada no artigo "civilizadas", se modelaram. Ruas mais largas, trabalhadas, avenidas com estilo europeu foram transformando cada vez mais as cidades brasileiras. As estradas de ferros citadas no presente trabalho, que no século XIX cresceram, mas hoje seu uso é limitado as grandes cidades, tendo novo víeis. Percebe-se que a estrutura das cidades é fruto do seu tempo e importância política e econômica dado a mesma.
ResponderExcluirRubén Breno Matos Carvalho - ICESPI
068.763.123-80
No artigo é citado que as cidades receberam a arquitetura barroca da Europa. Quando o Brasil passou a ter uma arquitetura própria de suas cidades?
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