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MUTUALISMO E RELAÇÕES SOCIAIS DE SEXO: NARRATIVAS SOBRE A MULHER NO JORNAL O ARTISTA (PARNAÍBA, PI – 1919-1922)


Alexandre Wellington dos Santos Silva
Mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará. Graduado em História pela Universidade Estadual do Piauí. awss.phb@gmail.com.


Resumo: O presente estudo busca compreender as narrativas sobre práticas e condutas das mulheres, destacadas no jornal O Artista, órgão da associação mutualista “Sociedade União Progressista dos Artistas Mechanicos e Liberaes de Parnahyba”, no litoral do Estado do Piauí, entre os anos de 1919 e 1922. Para tanto, adotamos a perspectiva da História Social (SILVA, 2017) tentando destacar a experiência das classes subalternizadas através de suas ações e representações. Além disso, utilizamos o campo de estudos das relações sociais de sexo KERGOAT (2009), ÁLVARO (2013) para compreender como a construção social destes papeis tem como um dos sustentáculos a divisão sexual do trabalho.

Palavras-chave: Mulher; Mutualismo; Parnaíba; Relações Sociais de Sexo.


Introdução

Como resposta a precariedade da vida que contrastava com o fausto vivido por um pequeno número de indivíduos, trabalhadores no litoral do Piauí decidiram por criar um espaço de autoajuda e de defesa dos seus interesses, uma das “estratégias que os próprios pobres engendravam, em sua luta cotidiana pela sobrevivência” (VISCARDI, 2009). Nascia assim a Sociedade União Progressista dos Artistas Mechanicos e Liberaes de Parnahyba, uma associação de caráter mutualista que existiu entre os anos de 1919 e 1932, e que amalgamava em si, pintores, escultores, vidraceiros, funileiros, xilógrafos, tipógrafos, dentistas, literatos, militares, intelectuais, assim como outras categorias dos mundos do trabalho e da sociedade em geral.
No intuito de propagar suas ideias, assim como organizar a classe artística da cidade, A União Progressista produziu um jornal – O Artista –, cujas edições disponibilizadas hoje pela Hemeroteca Nacional e outras instituições totalizam 07. É através destes registros que analisaremos a narrativa produzida por estes trabalhadores em torno da mulher. O que idealizavam e o que admitiam como hábitos aceitáveis? Quais práticas deveriam ser depuradas ou coibidas? Ao passo em que se desenha, ao longo do estudo, características atribuídas às mulheres, nos é possível compreender seus modos de viver, tecendo uma história social das mulheres da classe trabalhadora em Parnaíba, isto é, uma perspectiva “onde as classes subalternas assumem o papel de protagonistas de sua própria história” (SILVA, 2017).
Neste duplo caráter da pesquisa, de representações e práticas, o campo dos estudos em relações sociais de sexo nos parece mais eficaz para expor o modo como a constituição dos campos antagônicos de construção social entre mulheres e homens da classe trabalhadora em Parnaíba possui interferência significativa de uma “macroestrutura”, onde aqui enfatizamos uma de suas partes: a divisão sexual do trabalho (KERGOAT, 2009). De acordo com Mirla Cisne (2014) “podemos afirmar que a utilização do conceito de rapports sociaux de sexe, além de sublinhar a dimensão antagônica das classes, assegura o não esquecimento da centralidade do trabalho”.

Desenvolvimento

Ao longo das edições do jornal O Artista, conseguimos mapear uma série de comportamentos e práticas atribuídas à mulher, que variavam entre o elogio e a repreensão. Destacamos aqui a projeção da imagem feminina como a “cuidadora/dependente”, que deverá manter-se à espera do marido em casa, protegendo suas crianças e o recebendo de forma amorosa, ou a mãe que, complacente, aguarda intranquila o regresso do filho. É o que vemos na primeira edição d’O Artista, onde se expõe a problemática da embriaguez na cidade e suas consequências aos trabalhadores.

“Quantos de vós tendes a essa mesma hora, uma esposa e filhinhos que pedem pão - esse pão que criminosamente gastaes com bebidas alcoolicas. Quantos, deixastes em casa uma pobre mãe que se definha á falta dos minguados recursos que ides gastar levianamente na sêde insaciaavel da embriaguez”. (O ARTISTA. 15/08/1919, p. 02).

Ao fim do artigo, é indicado ao trabalhador liberto dos males do alcoolismo retornar ao lar, onde a mãe “ainda complacente e resgarda” o aguarda, ou a esposa “com olhos roxos de pranto”: “Recolhei-vos ao lar onde vos aguarda, ainda complascente e resguarda, a bençam bondosa e meiga da mãe querida, onde vos espera ainda com os olhos rôxos de pranto, a espoza estremecida que tem velado as noites no leito solitario”. (O ARTISTA. 15/08/1919, p. 02).
O artista Francisco Serrano predica o mesmo na edição especial de Primeiro de Maio, em 1922, quando aponta a necessidade dos trabalhadores se organizarem, alfabetizarem a si e seus filhos, assim como superar o alcoolismo: “Não deixeis o vosso lar onde vive o vosso amor, os carinhos da esposa e filhos, por festias e ajuntamentos de vagabundos, que abandonando o trabalho, entram nas orgias, onde consomem o alcool, o empecilho da humanidade”. (O ARTISTA. 01/05/1922, p. 03).
Nesse discurso a mulher aparece como dependente da ação masculina, submetida a uma lógica onde deve tudo suportar, pertencente ao universo doméstico; como mãe, surge a figura resiliente e passiva; como esposa, sempre ao lado dos filhos, como amorosa e paciente. Concordamos então com Margareth Rago (1985), quando esta aponta que entre as mulheres da classe trabalhadora do início do século XX, “a imagem da mãe-sacrifício e da criança-inocência completam-se numa mesma construção simbólica”.
No campo das representações existe ainda uma forma de “ser mulher” em Parnaíba, que adota práticas inversas ao projeto de sociedade idealizado pelos trabalhadores organizados em torno da União Progressista: a prostituta. Ocupando o espaço público e possuindo particularidades que poderiam indicar relativa autonomia, “as prostitutas são estigmatizas por fugirem da expectativa social, ou identidade social virtual, do que se espera de uma mulher na época” (OLIVEIRA, 2017).
Um trajeto dessa prostituição é exposto nas páginas da segunda edição d’O Artista, o que nos ajuda a compreender a forma como estes trabalhadores compreendiam o meretrício: crescente na cidade (“enchendo as ruas, beccos, o mercado público”) escandalizando pela tenra idade das prostitutas (de doze a quinze anos”), tem causa direta na questão social e ao mesmo tempo, um “vício”, cujo resultado é o aproveitamento desta situação por “satyros” que lhes tiram a pureza característica, de jovem e de mulher, culminando em enfermidades como a sífilis, degradando-as social e moralmente, e arrastando-as para o limitado amparo disponível na Santa Casa de Misericórdia:

O meretricio torna-se em nosso meio uma verdadeira industria, que se alastra numa proporção assombroza; (...) A nossa conpunção volta-se, hoje para essas pobres creaturinhas de doze a quinze anos que como flores que se estiolam servem de repasto para a gana bestial de individuos grosseiros e salteadores da virgindade desprotegida. Quantas meninas impuberes ainda que acossadas pela penuria renunciam a candura de sua innocencia, entregando-se à furia hircina desses Satyros que de seus fragies corpos adolescentes fazem instrumentos das mais viz abjecções e calcam nos á torpitude de todos os vicios aviltantes á delicadeza de seu sexo. Todos os dias vemol-as enchendo as ruas, os beccos, o mercado publico, o jardim, fazendo de seu vicio taboa unica de salvação e já exibem nos gestos, nos rizos, nas faces, o requinte do desavergonhamento em que foram adestradas pela perversão de seus degenerados algozes. E vão descendo assim, de degrao em degrao, para a mais infima cathegoria social, para a ralé, para a lama do peior alcoce até que mordida pelo syphilis que envenena o sangue e o corpo, como lhe polluira a alma desprezada e escarnecida pelo que a reduziram aquella mizera condição, finda os seus dias no abandono de um catre da Santa Casa de Mizericordia. (O ARTISTA. Ano I, n. 02. 07/09/1919).

Brenda Pimenta, que dedicou parte de sua monografia para analisar o discurso sobre a prostituição n’O Artista, pontua como o periódico difundia, sobre este assunto, “ideias conservadoras e como se associa a prostituição a um desvio moral” (2017), considerando-a como “mal” a ser combatido por perturbar a ordem social que buscavam estabelecer. Leôndidas Freire, observando que estas jovens prostitutas traziam, segundo o jornal, “nos gestos, nos rizos, nas faces, o requinte do desavergonhamento em que foram adestradas pela perversão de seus degenerados algozes” aponta a possibilidade de um “fazer-se da prostituição” (SILVA JUNIOR, 2013).
Como parte do problema, atribuem a tendência à prostituição a falta de instrução escolar, e como as diversas experiências associativas de mutualidade, propõem a abertura de escolas, buscando depurar práticas que julgam perniciosas: “abrimos escolas, e vamos com o balsamo de nossas almas cicatrizar essa chaga de tremenda que dia a dia vai degenerando e corruindo os simples filhos do povo, entregues muitas vezes aos andrajis de suas mizerias (...)” (O ARTISTA. Ano I, n. 02. 07/09/1919).
O discurso acompanha o ideário da modernidade, onde a educação era imaginada como a possibilidade de regeneração do país, ao passo em que para os pobres, esta mesma educação, voltada ao trabalho, servia para moldar corpos e mentes para o projeto civilizatório do que tinham por progresso.
Essas mulheres pobres, e não somente as prostitutas, eram em sua grande maioria, analfabetas. Em 1920, das 9596 registradas no recenseamento daquele ano, 5486 eram tidas como analfabetas, isto é, não sabiam ler nem escrever, totalizando aproximadamente 58% da população feminina da cidade (BRASIL, 1929). O número pode ser bem maior, a julgar pela tendência dos subalternos em resistir aos processos censitários e da perspectiva escolar em mecanizar os processos de leitura e escrita, onde muitas vezes ler e escrever o próprio nome já era suficiente para serem consideradas “alfabetizadas”.
É de se supor que tinham nas palavras o meio de garantir o ganha-pão no espaço público, e no privado, desenvolver uma série de acordos vecinais com outras "donas de casa". Dessa forma, "a improvisação da subsistência no seu dia-a-dia envolvia contínua troca de informações, bate-papos, compadrio, comcubinato, que intercedia por elas e que elas sabiam avivar e pôr em uso" (DIAS, 1984). Também por conta disso, podem ter reproduziram uma frase atribuída a Alexandre Dumas, que considera a possível incapacidade das mulheres em se manterem em silêncio: “Deus não deu barba ás mulheres, porque reconheceu que estas não poderiam estar caladas, quando se barbeassem” (O ARTISTA. 01/05/1922, p. 03).
Assim, identificamos duas formas distintas de pensar a mulher em Parnaíba no interior da União Progressista, propagadas por meio do periódico oficial da associação: a esposa pura e terna, a mãe compreensiva, sempre dispostas a acolher este marido ou filho, que retornava da “rua” ébrio ou cansado da jornada de trabalho; por outro lado, temos a prostituta que, ao ocupar espaços públicos na cidade, era vista como mal a ser combatido pelo “bálsamo” da educação escolar.

Considerações Finais
Pelo jornal O Artista, o que vemos é a busca por disputar na imprensa uma narrativa sobre a coibição ou permissividade de determinadas práticas do cotidiano das mulheres pobres em Parnaíba, nas primeiras décadas do século XX. Desta forma concordamos com RAGO (1985), quando esta afirma que
“o movimento operário (...), liderado por homens, embora a classe operária do começo do século fosse constituída em grande parte por mulheres e crianças, atuou no sentido de fortalecer a intenção disciplinadora de deslocamento da mulher da esfera pública do trabalho e da vida social para o espaço privado do lar”.

Assim, nos é claro que através do periódico “(...) encontramos, na maioria das vezes, apenas representações das mulheres, pautadas sobre estereótipos criados pelos homens em sociedade” (OLIVEIRA, 2017, p. 06). Por outro lado, a ânsia em demarcar o certo e o errado explicita toda uma estrutura social erguida pela ação destas mulheres na cidade que cobria o cotidiano no espaço público e privado; a “casa” e a “rua” (DAMATTA, 1997).
Apesar disso, nem sempre a realidade imaginada era a vivenciada. Em Parnaíba, assim como em muitas outras cidades do mundo, as mulheres da classe trabalhadora, especialmente as de vida mais precária, precisavam desde cedo buscar formas improvisadas de sobrevivência, nas escolas, como professoras, na confecção de vestuário, manufaturas de utensílios (chapéus e cestos de palha, panelas de barro, dentre outros), agricultura, lavar e/ou engomar roupas, venda de lenha, água, frutas, e alimentos diversos, prostituição, pequenos roubos e mendicância. Assim, por conta da imposição das dificuldades da vida, “algumas mulheres gozavam de relativa liberdade e tinham por isso mesmo uma participação maior nos espaços urbanos” (CASTELO BRANCO, 1998).
O espaço da casa, visto como o ideal para as mulheres pelos membros da União Progressista em comum acordo com o pensamento vigente, por vezes não era o único espaço de trabalho; pelos becos, praças e ruas, pela manhã, tarde e/ou noite, buscavam garantir a subsistência, negando, pela força da necessidade de viver, o projeto idealizado para elas, pelas elites, e por outras frações das classes subalternas.
O resultado dessa contradição era a dupla jornada de trabalho: “durante o dia executavam tarefas variadas (...) e à noite dedicavam-se ao serviço rotineiro da casa” (PINTO, 1994). Ou seja, se por um lado estas mulheres pobres obtinham outras fontes de renda através de um mercado que por vezes se caracterizava pela clandestinidade e invisibilidade social, por outro, cabia a estas mesmas mulheres o cuidado da casa, dos filhos e do marido.

Referências 
ÁLVARO, Mirla Cisne. Feminismo, luta de classes e consciência militante feminista no Brasil. Tese (Doutorado em Serviço Social) – UERJ, Rio de Janeiro, 2013, p. 112.

BRASIL. População do Brazil por Estados, Municipios e Districtos, segundo o gráo de instrucção, por idade, sexo e nacionalidade. Directoria do Serviço de Estatistica. Recenseamento do Brazil, realizado em 1 de Setembro de 1920. Vol IV, 4 parte. Rio de Janeiro: Typographia da Estatistica, 1929, p. 710.

CASTELO BRANCO, Pedro Vilarinho. Mulheres Plurais. Teresina: Edições Bagaço, 2005, p. 61.

DAMATTA, Roberto. A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e a morte no Brasil. 5ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.

DIAS, Maria Odila Leite Silva. Quotidiano e Poder em São Paulo no século XIX. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 12

KERGOAT, Danièle. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo. In: HIRATA, Helena et al. Dicionário Crítico do Feminismo. Editora UNESP: São Paulo, 2009.

O ARTISTA (Jornal). Parnaíba-PI, 1919-1922.

OLIVEIRA, Brenda Pimenta de. Do mangue e do Cais do Porto: prostituição feminina em Parnaíba na primeira metade do século XX. Monografia (Graduação em História) – UESPI, Parnaíba, 2017, p. 20; 18.

PINTO, Maria Inez Machado Borges. Cotidiano e sobrevivência: a vida do trabalhador pobre na cidade de São Paulo (1890-1914). São Paulo: Edusp, 1994, p. 174.
RAGO, Margareth. Do cabaré ao lar: a utopia da sociedade disciplinar. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1985, p. 68; 36.

SILVA JÚNIOR, Leôndidas Freire. Movimento e imprensa operária na Parnaíba da Primeira República. In: João Kennedy Eugênio. (Org.). História e Vida. Teresina: EDUFPI, 2013, p. 159.

SILVA, Selmo Nasicmento da. Greves e lutas insurgentes: a história da AIT e as origens do sindicalismo revolucionário. Tese (Doutorado em História) – UFF, Niterói, 2017, p. 44.

VISCARDI, Claudia Maria Ribeiro. Estratégias populares de sobrevivência: o mutualismo no Rio de Janeiro republicano. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 29, nº 58, 2009, p. 292.

Comentários

  1. Excelente texto! Parabéns pelo seu trabalho de pesquisa!

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  2. Boa noite, parabéns pelo excelente texto. Estudando alguns jornais e buscando entender os perfil de mulher considerado ideal nos jornais caxienses me deparei com algumas características que se igualam a sua pesquisa, como a disseminação da ideia de que a mulher deveria ser boa esposa, mãe, ser submissa e cautelosa, deveria prezar o cuidado do lar. Por isso se faz tão importante o desenvolvimento da história das mulheres e relações de gênero, pra romper certos conceitos e alargar o conhecimento acerca das mulheres, tirando a da "margem" onde muitas vezes ela foi colocada. Parabéns pelo seu trabalho.

    Marciele Sousa da Silva - UEMA Caxias

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  3. Prof. Esp. Julio Cesar Alves Pereira Nunes1 de agosto de 2019 às 07:06

    Olá, Alexandre Wellington dos Santos Silva. Agradeço por sua contribuição acadêmica no presente GT.

    A elaboração do seu trabalho é muito satisfatória. Ao narrar as práticas e condutas das mulheres em Parnaíba, entre os anos de 1919 e 1922, você demonstra uma notória capacidade em articular historiografia e empiria, desenvolvendo, entre essa dualidade, uma metologia perspicaz no que diz respeito à problematização das fontes.

    Destaco a qualidade das fontes apresentadas no trabalho e reforço a importância que possui a Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, com um rico acervo hemerográfico de diferentes lugares e períodos. Essa ferramenta possibilita uma abertura qualitativa e quantitativa no número de pesquisas acadêmicas.

    Sobre o texto apresentado, questiono se faz parte de uma pesquisa mais ampla. Se sim, você utiliza outra documentação?

    Parabéns pelo trabalho e sucesso em sua trajetória acadêmica.

    Prof. Esp. Julio Cesar Alves Pereira Nunes (PPGHB-UFPI)

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  6. Excelente trabalho. Parabéns. Eu tenho uma pergunta. No texto vocês tratam de como era construído o padrão de comportamento esperado das mulheres. Vocês abordam muito bem que havia diferenças entre as mulheres de classes mais elevadas e as mais pobres. Nas fontes, vocês conseguiram perceber como esse discurso produzido pelo jornal chegava e influenciava (ou não) o comportamento das mulheres mais pobres, tendo em vista que como vocês bem disseram, grande parte delas eram analfabetas?

    - Mayra Dayanne Nepomuceno de Lima (Universidade do Estado do Pará)

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